#RecordRacista está nos trending topics do Twitter nesta quarta (6/1) e o motivo é uma matéria do canal brasileiro sobre Beyoncé. A reportagem, cheia de equívocos, associa a popstar à “bruxaria e magia negra”, usando cenas do filme “Black Is King”, desenvolvido por ela para a Disney+.
Confira a narração da reportagem:
“Um dos nomes mais aclamados da música norte-americana, Beyoncé vive de uma carreira sólida e poucas polêmicas na vida pessoal. Só que uma delas assustou parte dos fãs: a cantora já foi acusada de bruxaria. Ela teria praticado rituais de magia negra contra uma ex-integrante de sua banda. A ex-baterista de Queen B, Kim Thompson, levou o caso para polícia. Denunciou Beyoncé pelos supostos atos de bruxaria. Na época, Kimberly disse que a cantora recorreu à magia negra, lançando um feitiço de abuso sexual contra ela. A polêmica não foi comentada por Beyoncé publicamente. Apesar do silêncio da cantora, o caso, na época, ganhou manchetes nos principais jornais norte-americanos e pelo mundo”, diz a narradora da Record.
Veja a reportagem:
Em pleno 2021, a @recordtvoficial fez uma matéria insinuando que Beyoncé pratica “magia negra e bruxaria”.
Enquanto falavam essas atrocidades, a emissora usou imagens de “Black Is King”, filme de Beyoncé que exalta a cultura africana! #RecordRacista pic.twitter.com/okcyDUbPx3
— Beyoncé Access (@beyonceaccess) January 6, 2021
Nos anos mais recentes de sua carreira, Beyoncé vem fazendo um trabalho de valorização da ancestralidade e da cultura africana, o que inclui a religiosidade. Isso desperta preconceito e discriminação por parte de muita gente – não só no Brasil. A Record, vale lembrar, é um canal de TV gerido por Edir Macedo, bispo evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus.
Quando lançou “Black Is King” no ano passado, Beyoncé falou que sua esperança, com o filme, era que ele ajudasse a mudar a percepção global da palavra “preto”. No mesmo ano, Beyoncé lançou a música de protesto “Black Parade”, contra o racismo.