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BTS é criticado por referências a nazismo e guerra mundial; Jimin lamenta e empresários emitem comunicado


Nem tudo é festa na carreira do BTS. O boygroup de K-Pop está no centro de uma polêmica internacional. O Centro Simon Wiesenthal, grupo de luta pelos direitos humanos judeus, acusa o grupo de “zombar do passado”, de acordo com notícias vinculadas pela Billboard e pelo NME. Isso porque uma sessão de fotos de 2015 veio à tona, revelando que os cantores posaram com chapéus que ostentavam o símbolo nazista da unidade que controlava os campos de concentração. Historicamente, estima-se que entre cinco e seis milhões de pessoas foram assassinadas no Holocausto.

E ainda teve esse episódio aqui em um show:

“Está claro que as pessoas que planejam e promovem a carreira desse grupo estão muito à vontade para denegrir a memória do passado. O resultado é que jovens gerações da Coreia e em todo o mundo estão propensas a identificar o fanatismo e a intolerância como sendo ‘legais’, o que ajuda a apagar as lições da história. A administração deste grupo, não apenas quem está a frente, deve se desculpar publicamente”, diz o comunicado.

Em resposta, a Big Hit Entertainment, empresa que gerencia a carreira do grupo, emitiu um comunicado em coreano (sem tradução para o inglês, o que é incomum para a empresa) pedindo desculpa pelo transtorno. O texto explica também que as alegorias fascistas e nazistas utilizadas na performance acima eram uma paródia ao totalitarismo e não uma celebração deste. “Gostaríamos de dizer que os membros e artistas da Big Hit, incluindo o BTS, não apoiam a guerra e bombas atômicas. Somos completamente opostos a isso. Nunca tivemos a intenção de machucar as vítimas”, diz o texto, “sobre a roupa com a imagem da bomba atômica, não tivemos intenção. (…) os envolvidos não fizeram uma pesquisa sobre o assunto e o artista usou a roupa, que mesmo sem intenção feriu os afetados. Por isso, aos que se sentiram desconfortáveis com a imagem da bomba, oferecemos nossas sinceras desculpas. Sobre a foto onde o artista usou um chapéu com símbolo nazista, como falado acima, não tivemos a intenção. Mesmo que as roupas e acessórios tenham sido fornecidos pelos produtores da filmagem e da companhia de mídia, os envolvidos não fizeram uma pesquisa sobre o assunto. (…) De qualquer maneira, pelas faltas mencionadas, a Big Hit se responsabiliza por não ter sido diligente e gostaríamos de enfatizar que os artistas não têm responsabilidade ou relação com o assunto tratado”.

Na semana passada, o grupo enfrentou outra controvérsia, quando o membro Jimin usou uma camisa estampada com uma foto do bombardeio norte-americano em Nagasaki e Hiroshima, o que foi considerado um insulto. O canal TV Asahi cancelou uma aparição do BTS em um de seus programas após a divulgação das fotos.

Em show realizado em Tóquio nesta terça (13/11), Jimin se dirigiu ao público: “é triste, para mim, pensar que não apenas vocês, a ARMY, mas muitas pessoas ao redor do mundo possam ter se surpreendido recentemente por causa de muitas circunstâncias”.