O British Council anuncia a abertura das inscrições para o processo de seleção do programa Cultura Circular 2024. A iniciativa, voltada aos gestores de eventos culturais realizados no Brasil, na América Latina e no Caribe, investe em práticas sustentáveis e nas conexões culturais entre a região e o Reino Unido. As inscrições vão até 31 de maio.
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Segundo o British Council, a ideia é reconhecer a importância dos festivais na dinâmica das cidades, com atenção à promoção da criação artística e na expansão de boas práticas de sustentabilidade. O resultado dos festivais selecionados para receber investimentos e capacitação está marcado para o dia 20 de junho.
O programa Cultura Circular oferece subsídios financeiros advindos de um fundo global que reúne R$ 2,3 milhões para festivais no continente americano. A iniciativa abrange Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Jamaica, México, Peru, Trinidad e Tobago e Venezuela. No Brasil, os organizadores de cada evento selecionado poderão receber até R$ 130 mil.
Além do aporte financeiro, os participantes do programa terão a chance de se capacitar em práticas sustentáveis por meio de um curso com uma organização especialista do Reino Unido. Como resultado, o fundo deseja incluir lideranças numa rede de festivais sustentáveis latino-americanos e caribenhos.
Maria Garcia Holley, Diretora Regional de Artes para as Américas do British Council, explica que a cultura tem um papel relevante nas ações de enfrentamento aos impactos das mudanças climáticas.
“Ao mesmo tempo em que promovem experiências marcantes a partir da conexão entre pessoas e da celebração de causas comuns, os festivais também precisam ter consciência sobre o impacto que causam no meio ambiente. São eventos que geram quantidades significativas de resíduos, incluindo alimentos, embalagens e itens de uso único, e cuja cadeia de valor também deixa pegadas ambientais, a exemplo da grande quantidade de CO2 lançada na atmosfera devido ao deslocamento do público”, afirma Maria Garcia Holley, do British Council.
Como garantir a participação?
Para concorrer, os interessados devem apresentar, de maneira obrigatória, uma parceria com uma instituição do Reino Unido (Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte, País de Gales), e uma carta de intenção de colaboração. O edital destaca que “é responsabilidade do solicitante do festival entrar em contato e chegar a um acordo com o parceiro britânico”.
Os projetos propostos podem ainda ser multidisciplinares, abrangendo pelo menos uma das disciplinas: artes visuais, artes digitais, cinema, dança, arquitetura, design, moda, literatura, música ou teatro.
Para a edição de 2024, o modelo do programa manterá a sua composição em quatro fases. A primeira delas é a abertura das inscrições. Em seguida, os festivais selecionados recebem investimentos focados em promover o intercâmbio cultural com o apoio de especialistas britânicos.
Na terceira etapa, as lideranças responsáveis pelos eventos escolhidos passam por treinamento em sustentabilidade. Já na quarta e última fase, os festivais incorporam os conhecimentos adquiridos nos treinamentos, colocando em prática atividades resultantes da conexão entre o Reino Unido e as Américas.
Segundo o British Council, os treinamentos buscam otimizar as operações dos festivais para que elevem seus padrões de sustentabilidade. Desde 2021, o Cultura Circular beneficiou mais de 65 festivais culturais em mais de 30 cidades diferentes na América Latina. Na edição de 2023, foram mais de 1.000 projetos inscritos em oito países, dos quais 35 foram selecionados para receber investimento do British Council.