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“Bridgerton” cria personagens LGBTQIAPN+ e público reage com homofobia

Resposta à sexualidade de Francesca e Benedict Bridgerton é homofobia disfarçada de birra literária.
"Bridgerton" cria personagens LGBTQIAPN+ e público reage com homofobia
(Fotos: Divulgação / Netflix)

Um show de homofobia velada se vê nas redes sociais nesta quinta (13/6), desde que a série “Bridgerton” da Netflix mostrou que alguns personagens serão LGBTQIAPN+. Mais precisamente, os irmãos Francesca e Benedict. Comentários negativos estão espalhados tanto em grupos fechados quanto em postagens abertas, quase sempre no tom de “vão acabar com a série” ou “a série vai se perder de vez” ou “cagam a série com essa representatividade”. Nem parece 2024.

"Bridgerton" cria personagens LGBTQIAPN+ e público reage com homofobia

(Fotos: Netflix)

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“Bridgerton” é a adaptação de uma série de livros escritos por Julia Quinn. Nos livros, todos os protagonistas são heterossexuais, cisgêneros e brancos. Desde a 1ª temporada, a série da Netflix propôs alterações, transformando alguns personagens em pessoas negras, incluindo os protagonistas Simon (Regé-Jean Page) e Kate (Simone Ashley). Isso também dividiu opiniões quando o elenco foi anunciado. Não foi exatamente uma alteração pacífica para todos os leitores.

Por vir da literatura, “Bridgerton” precisa lida com o preciosismo do público. Nos episódios finais da 3ª temporada, a série revelou a mudança de gênero de um dos personagens: Michael Stirling, dos livros, virou Michaela Stirling. É com Michaela que Francesca viverá sua história de amor. A Netflix deu sinais de que seguirá a história contada na literatura, mudando apenas o gênero e a etnia do personagem fictício. Para muitos, isso foi inaceitável.

Conheça Masali Baduza, a Michaela Stirling de "Bridgerton"

Michaela Stirling (Foto: Netflix)

Benedict Bridgerton é bissexual?

O caso de Benedict Bridgerton, personagem de Luke Thompson, é diferente. A Netflix criou uma trama inédita para ele na 3ª temporada e o personagem viveu sua primeira experiência homossexual. Ele fez um menage à trois com Lady Tilley Arnold e o amigo dela, Paul. Isso não existe nos livros de Julia Quinn. O romance protagonizado por ele é clichê chupado da “Cinderela”, com uma moça evidentemente.

“Eu pessoalmente sinto que Benedict é lido como uma pessoa queer nas temporadas 1 e 2, e acho que grande parte do público sente assim também”, defende a showrunner da série Jess Brownell, em entrevista ao site Glamour. Ela se identifica como uma pessoa queer e foi fundamental para a inserção da diversidade sexual na série.

“Teremos tantos tipos diferentes de experiências queer quantas pessoas queer existem. Veremos uma versão disso com Benedict e veremos uma versão muito diferente com Francesca no futuro”, completa a produtora e roteirista.

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(Foto: Netflix)

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