A conceituada publicação Rolling Stone, dos Estados Unidos, republicou uma lista originalmente feita em 2008. Com as posições repensadas, a ideia foi fazer um ranking com os 200 maiores cantores de todos os tempos. O primeiro lugar ficou com a icônica Aretha Franklin, mas também tiveram brasileiros citados!
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Abaixo, você confere quais foram nossos representantes e o que a revista escreveu sobre cada um.
Caetano Veloso em #108
O principal cantor e compositor do Brasil, o equivalente nacional de Dylan, um revolucionário com uma forte inclinação literária, Caetano Veloso é um artista mestre, sua rebarba aveludada e inteligência palpável dando um impulso mesmo – especialmente – quando ele está deitado e murmurando. Mas ele também é encantador quando acelera o ritmo e lança gritos e trinados emocionantes – e ele transmite tudo em inglês e também em português do Brasil. “Acho que o que é difícil para nós do Norte aceitar é que alguém pode ser radical politicamente, culturalmente e musicalmente e, ainda assim, ser romântico e amar uma bela e sensual melodia”, observou David Byrne em 1999 “Caetano pode puxar fazer isso isso acontecer”, finalizou.
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Gal Costa em #90
Em 1971, Gal Costa gravou “Sua Estupidez”, uma balada sentimental do cantor pop Roberto Carlos, e a transformou em uma declaração de partir o coração de beleza e arrependimento. Tal era o poder transformador de sua voz. Como uma luminosa rainha Midas, a diva baiana transformava em ouro tudo o que tocava: tropicália (“Baby”, clássico brasileiro do final dos anos 60), samba-rock sexy (“Flor de Maracujá”), exuberante frevo de carnaval ( “Festa Do Interior”) e bossa funk (sua leitura de 1979 do padrão “Estrada do Sol” é tão exuberante e mística que beira o surreal). A vocalista feminina mais transcendente da era pós-bossa, ela continuou fazendo música até sua morte aos 77 anos.
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João Gilberto em #81
Um dos movimentos culturais mais poderosos que surgiram na América Latina, a bossa nova contou com três arquitetos fundadores: Antônio Carlos Jobim foi o compositor, Vinicius de Moraes o letrista e João Gilberto seu discreto cantor e violonista. Mestre da sutileza cosmopolita, o carioca murmurava e sussurrava com uma desenvoltura que fazia cada música parecer uma reunião casual de amigos. Esse estilo — sua poesia e calor — combinava perfeitamente com as narrativas da bossa sobre a contemplação da vida na praia de Copacabana. O álbum de estreia de Gilberto em 1959 deu o tom para a revolução que se seguiu, e o clássico jazzístico de 1964 Getz/Gilberto resumiu sua energia com “Garota de Ipanema”, que ele tocou ao lado do inglês quebrado de sua cadenciada esposa Astrud.