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Brasileira é conselheira da Central de Segurança da Mulher do Facebook

A iniciativa conta com uma equipe de 12 líderes de organizações sem fins lucrativos, ativistas e especialistas acadêmicas do mundo

Enrica Duncan, Diretora de Projetos da Nossas | Foto: Divulgação

Aproveitando o gancho do “Fórum Geração Igualdade”, da ONU Mulheres, que aconteceu na semana passada em Paris, o Facebook anunciou o lançamento da Central de Segurança da Mulher e a formação do Grupo Global de Conselheiras Especialistas em Segurança da Mulher.

A iniciativa é liderada por Cindy Southworth, Diretora de Women’s Safety, e conta com uma equipe de 12 líderes de organizações sem fins lucrativos, ativistas e especialistas acadêmicas para ajudar a desenvolver novas políticas, produtos e programas a fim de dar ainda mais suporte as mulheres que usam os aplicativos da empresa. Uma brasileira foi selecionada, Enrica Duncan é Diretora de Projetos da Nossas.

“Essas especialistas são reconhecidas em suas áreas e têm contribuído enormemente para promover a segurança das mulheres, online e offline. Já trabalhamos com elas no passado e estamos ansiosos para organizar reuniões trimestrais regulares dedicadas especificamente ao avanço da segurança online das mulheres. Com o tempo, incluiremos novas especialistas de outros países, portanto, continuaremos a ouvir vozes diversas”, revela a diretora.

Com o apoio destas especialistas, o Facebook criou um espaço para centralizar todos os recursos de segurança que as mulheres precisam ao navegar em nossa plataforma. O hub inclui recursos específicos para mulheres líderes, jornalistas e sobreviventes de abuso.

Desenvolvido em consulta com parceiros sem fins lucrativos ao redor do mundo e em breve disponível em 55 idiomas, o hub contém vídeos com treinamentos de segurança, além de um local para se registrar e participar de sessões de treinamento de segurança ao vivo, que serão ministradas em diversos idiomas.

“Capacitar nossos usuários por meio da educação é apenas uma parte de nosso trabalho para manter as mulheres mais seguras no ambiente online. Desenvolvemos políticas rigorosas para proteger os usuários contra abuso online e usar ferramentas, como tecnologia de detecção proativa para ajudar a detectar conteúdo que possa violar nossas políticas”, explica.

Por exemplo, no Instagram, eles anunciaram um novo recurso chamado “Palavras ocultas” que permite que as pessoas filtrem mensagens potencialmente ofensivas e no Facebook deram mais controle sobre o que vêem. “Temos tecnologia sofisticada para combater o compartilhamento de imagens íntimas não consensuais e desenvolvemos uma variedade de recursos para ajudar a garantir que todas as mulheres se sintam seguras ao usar nossa plataforma”, conta.

Segundo a diretora, foi graças ao feedback dos usuários e aos especialistas que consultaram, que a empresa está constantemente avaliando a eficácia das ferramentas e buscando novas opções para empoderar as mulheres no ambiente online.

“Esperamos que as pessoas usem nossa Central de Segurança da Mulher e trabalhem com nosso Grupo Global de Conselheiras Especialistas em Segurança da Mulher nos próximos meses e anos para ajudar as mulheres a se sentirem seguras no Facebook”, dizfinaliza.

Conheça o grupo inaugural de Conselheiras Especialistas em Segurança da Mulher do Facebook:

Austrália: Asher Flynn é professora associada de criminologia na Monash University e vice-presidente da Sociedade de Criminologia da Austrália e da Nova Zelândia. Seu trabalho se concentra no abuso baseado em imagens e na violência facilitada pela tecnologia.

Brasil: Enrica Duncan é Diretora de Projetos da Nossas, um laboratório liderado por mulheres para engajamento cívico e ativismo na América Latina, que desenvolve tecnologia para preparar os cidadãos para impactar a formulação de políticas públicas.

Coreia do Sul: Ji-Yeon Lee é Professora Associada de Aconselhamento em Psicologia da Universidade de Estudos Estrangeiros de Hankuk. Ela é especialista em violência cibersexual e aconselhamento psicológico.

Estados Unidos: Erica Olsen lidera o projeto TechSafety.org na Rede Nacional para Acabar com a Violência Doméstica e é uma especialista internacional na intersecção entre tecnologia e violência baseada em gênero.

Filipinas: Mariane Dorothy Rosario é uma líder global de advocacy da Associação Mundial de Garotas Guias e Escoteiras (WAGGGS) e uma defensora do Grupo Girls Get Equal da Plan International. Ela defende o fim do abuso, assédio e violência online contra mulheres e meninas.

Global: Kalliopi Mingeirou é a Chefe da Seção de Erradicação da Violência contra Mulheres e Meninas da ONU Mulheres. Anteriormente, trabalhou para agências da ONU, bem como ONGs internacionais nas áreas de direitos humanos, direitos das mulheres e proteção de refugiados em diferentes países.

Hong Kong: Lisa Moore supervisiona a pesquisa da Women’s Foundation sobre questões de gênero e lidera esforços de advocacy que visam transformar as atitudes existentes que impedem mulheres e meninas de participarem plenamente da sociedade.

Indonésia: Tunggal Pawestri é uma especialista independente em igualdade de gênero, direitos sexuais e questões de diversidade e trabalha para garantir que mais mulheres sejam representadas em debates públicos e liderança.

Irlanda: Caitriona Gleeson passou duas décadas trabalhando para acabar com a violência de gênero e agora lidera a Women for Election, uma organização sem fins lucrativos apartidária que incentiva e apoia as mulheres na Irlanda a se candidatarem à política.

Marrocos: Stephanie Willman Bordat é advogada de direitos humanos, ativista de ONG e sócia fundadora da MRA Mobilizing for Rights Associates, onde trabalha em todo o Magrebe (Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia) para promover os direitos humanos e legais das mulheres.

México: Margarita Guillé Tamayo é ativista social, fundadora e coordenadora executiva da Rede Interamericana de Abrigos para Mulheres. Ela é consultora internacional sobre violência baseada em gênero para governos e organizações sem fins lucrativos e ONGs.

Uganda: Neema Iyer é a fundadora e diretora da Pollicy, uma organização cívica de tecnologia. Ela trabalha na intersecção entre dados, design e tecnologia. Por meio de pesquisas feministas, ela aborda temas como inclusão digital e direitos digitais.