Com a estreia de “Barbie” nos cinemas, surgiu uma polêmica: o live-action, classificado para maiores de 12 anos, está incomodando líderes cristãos e políticos conservadores – no Brasil e nos Estados Unidos. Muitos têm vindo à Internet pedir o boicote ao filme. É o caso do site norte-americano MovieGuide, que não considerou este um filme “para a família”.
Segundo o site, a Mattel cometeu um erro grave ao acenar para “uma pequena porcentagem da população”, referindo-se ao público LGBTQIAPN+. Em um texto bastante preconceituoso, o MovieGuide afirma que o longa-metragem de Greta Gerwig “promove histórias de personagens lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros”, o que não é exatamente verdade. Mas o elenco tem dito, sim, que “Barbie” celebra a cultura queer.
“Milhões de famílias teriam ido aos cinemas e comprado ingressos, mas em vez disso a Mattel optou por atender a uma pequena porcentagem da população que provou, repetidamente, abandonar as bilheterias. Os 40 anos de pesquisa do Movieguide indicam que isso simplesmente não é verdade, e a Mattel cometeu um erro grave”, completa.
Incômodo em conservadores também no Brasil
No Brasil, a deputada estadual Alê Portela (PL-MG) fez um post no Instagram afirmando que o filme distorce valores éticos e morais. “Podemos pensar que um filme baseado nessa personagem seria voltado para o público infantil e familiar, destacando a feminilidade. No entanto, essa suposição está errada”, escreveu.
A influenciadora evangélica Vitória Margarida usou o TikTok para fazer uma crítica ao filme e viralizou. Ela deu nota zero para “Barbie”, por divergir da mensagem feminista do longa-metragem. “O filme é totalmente um marketing para deturpar e destruir as famílias”, declarou. Para Vitória, a mensagem de que a mulher pode ser feliz sozinha contraria suas crenças religiosas. “Tudo aquilo que a gente faz, que não é nosso papel de mulher, se torna um peso”, defendeu.
@margaridaviiUm alerta para as familias Cristãs!
“Barbie” traz valores contemporâneos
O longa-metragem da Barbie tira sarro da boneca como padrão de beleza inalcançável e busca reposicionar a personagem como uma mulher feminista, que pode ser o que quiser. Na Barbieland, o poder é feminino e não existe patriarcado. É um mundo totalmente diferente do “real”.
Além disso, o filme valoriza a diversidade, com um leque maior de cores e variedade de corpos para Barbies e Kens. O elenco também inclui pessoas LGBTQIAPN+.