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BMG anuncia demissões de funcionários em escala global; saiba mais

Em comunicado, BMG afirma que a descontinuidade dos cargos faz parte do ‘novo plano de crescimento’ da companhia; funcionários brasileiros são afetados

BMG anuncia demissões de funcionários em escala global; saiba mais
BMG anuncia demissões de funcionários em escala global; saiba mais. Foto: Divulgação

Após anúncio no final de novembro, da implementação de um novo planejamento estratégico com foco no crescimento, a BMG comunicou a demissão de funcionários em escala global. No Brasil, profissionais de setores como Marketing, entre outros, foram impactados com a descontinuidade dos cargos. A quantidade total de colaboradores que sofreram com as demissões no Brasil não foi informada pela companhia.

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Procurada pelo POPline.Biz é Mundo da Música, a BMG afirmou que as demissões fazem parte da nova estratégia da companhia que objetiva crescer, de forma continuada, nos setores de Edição Musical e Gravadora.

“Na semana passada, anunciamos nosso novo plano de crescimento que fortalece nossos principais negócios, que são os de editora e gravadora, e direciona recursos para melhor atender nossos clientes compositores e artistas. Isso resultou na descontinuidade de vários cargos nos escritórios da BMG em todo o mundo, inclusive no Brasil. Estamos em contato com todas as pessoas afetadas e nos comprometemos a lidar com elas de forma responsável e respeitosa“, disse a BMG em comunicado.

Foto: Divulgação.

No final de outubro, a BMG e o Universal Music Group anunciaram a formação de uma parceria sob a qual as empresas vão explorar uma série de iniciativas colaborativas para expandir oportunidades para artistas contratados pela gravadora alemã em todo o mundo.

O primeiro projeto desta parceria será transferir a distribuição de formatos físicos da música da BMG – incluindo vinil e CD para milhares de artistas assinados pela empresa – para a divisão de Serviços Comerciais do UMG, que opera em 60 países, cobrindo mais de 200 mercados.

Questionada se a parceria entre as empresas havia influenciado nas demissões, a BMG destacou que os assuntos não possuem correlações. “Nosso foco no anúncio é a estratégia de crescimento da BMG, criando funções globais sempre que possível, mas mantendo as responsabilidades locais sempre que necessário. Não há conexão direta com nosso relacionamento com o Universal Music Group em relação à distribuição física, que só começará no próximo ano.”

BMG apresenta novo planejamento estratégico

A BMG comunicou à sua equipe os detalhes de uma nova estrutura projetada para “prepará-la para o futuro nos próximos anos e desenvolver ainda mais sua capacidade de atender artistas e compositores em escala global”.

O plano envolve:

  • Concentrar-se nas suas duas principais áreas de serviços de editora e gravadora musical;
  • Duplicar a sua presença nos EUA com uma nova função de catálogo global com sede em Los Angeles;
  • Recalibrar a sua presença na Europa Continental e renovar os seus negócios registados na linha da frente numa nova estrutura “hub-and-spoke”;
  • Fortalecer ainda mais seus serviços para artistas com investimentos substanciais em tecnologia e seu ecossistema myBMG;
  • Esclarecer funções e estruturas para tornar a empresa mais responsável perante seus clientes artistas e compositores.

“Quinze anos após o surgimento do streaming, a música está passando por outra mudança tectônica. É vital que agora façamos uma reengenharia do nosso negócio para aproveitar ao máximo essa oportunidade. A BMG tem desafiado as convenções da indústria musical desde que começou, reunindo publicações e gravações musicais sob o mesmo teto, com uma abordagem distinta, orientada para serviços e transparente. Agora, novas formas de criar e consumir música e as mudanças iminentes na economia do streaming estão nos desafiando a fazer ainda melhor para nossos clientes”, disse o CEO Thomas Coesfeld.

Thomas Coesfeld é anunciado como sucessor do CEO da BMG
Thomas Coesfeld, CEO da BMG. Foto: Julia Schoierer

“Local sempre que necessário, global sempre que possível”

Em linha com o seu negócio editorial, a nova estrutura para o ramo de gravações da BMG fará uma distinção clara entre a experiência local nas relações com os artistas e as funções globais que os servem. Catálogo, vendas e marketing se tornarão agora funções globais, juntamente com investimentos, tecnologia, direitos e royalties que a BMG já organiza globalmente.

O gerenciamento de campanhas locais trabalhará com uma nova equipe de marketing global responsável pela análise, criação de conteúdo e planejamento e compra de mídia.

“Estamos mudando a maneira como fazemos as coisas. Combinaremos intuição criativa com insights baseados em dados para oferecer o melhor serviço aos nossos clientes e consumidores”, disse Coesfeld. “Somos locais sempre que necessário, e globais sempre que possível.”

As mudanças fazem parte de uma estratégia que já viu a BMG assumir o controle de sua distribuição, estabelecendo relacionamentos diretos com Spotify e Apple Music e descontinuando sua função de marketing internacional com sede em Berlim, a fim de simplificar seu relacionamento com artistas e capacitar A&R local e gerenciamento de campanhas equipes.

“Esta é uma estratégia para o crescimento futuro”, disse Coesfeld. “Mas em um negócio no qual a mudança é uma constante, nós próprios precisamos mudar para crescer ainda mais. Ficar parado não é uma opção se quisermos atender nossos clientes artistas e compositores.”, finaliza Coesfeld.