Promovendo o filme “Duna”, o diretor Denis Villeneuve falou também sobre sua experiência com “Blade Runner 2049” (2017). Ele não chega a se arrepender, mas considera que uma sequência de “Blade Runner” foi a pior ideia de todas. Felizmente, não foi dele.
“Eu cheguei a rejeitar a proposta primeiro, porque pensei que era muito perigoso. Mas, depois de um tempo, conversamos de novo e eu aceitei. Foi uma experiência poderosa e gratificante. Eu ainda me sinto feliz com a experiência de ter feito ‘Blade Runner 2049’. Eu ainda acho que foi a pior ideia fazer uma sequência para uma obra-prima. É um território sagrado. Você não faz uma continuação para ‘Blade Runner'”, o cineasta falou no BFI Southbank, em Londres.
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O filme foi bem recebido pela crítica e foi indicado a cinco Oscar, vencendo dois. O faturamento mundial foi de US$ 259 milhões em venda de ingressos. O saldo, sem dúvidas, foi positivo. “Se eu tivesse que fazer de novo, eu faria”, admite Denis Villeneuve. Ele só não acredita que a ideia era boa ou que uma continuação fosse necessária.
Como surgiu o convite?
Segundo ele, o convite para “Blade Runner 2049” veio quando ele estava filmando “Sicario: Terra de Ninguém” (2015), antes de “A Chegada” (2016). Ridley Scott estava ocupado com múltiplos projetos simultâneos e o ator Harrison Ford queria filmar logo, então a produção começou a procurar outro diretor.
“Tivemos uma reunião secreta no deserto. O produtor insistiu para que ninguém nos visse. Ele me deu um envelope com o título ‘Queensborne’ e me disse ‘Queensborne não existe. É Blade Runner’. Eu fiquei profundamente comovido por simplesmente ter a chance de ler o roteiro”, conta.