Segundo o jornal The New York Times, Beyoncé revolucionou o mercado musical ao ditar tendência com o álbum visual “Lemonade”.
“Assim como o valor da música digital continua forte perto da gratuidade para muitos consumidores, algumas marcas e artistas estão seguindo as tendências de Beyoncé com filmes de alto conceito que podem adicionar um peso artístico aos projetos que estão competindo por atenção numa infinita pilha de conteúdo musical. Esses vídeos estendidos, com valores de altas produções, se tornaram também o mais novo teatro na guerra de streaming de serviços como Tidal e Apple Music, que funcionam não apenas como plataformas mas também como parceiros criativos (e às vezes de suporte financeiro) com os artistas, em troca de exclusividade”, diz a publicação.
Caso não se lembre, após Beyoncé, artistas como Frank Ocean e recentemente o rapper Drake lançaram seus álbuns visuais através do Apple Music, com resultados significativos e grandes produções.
O jornal ainda convida os renomados executivos Jeff Rabhan e Tom Connaughton para comentarem sobre o assunto. “Para um artista que está realmente querendo um corpo de trabalho para ser examinado como um todo de conceito, isso cria esse ambiente em um mundo que é dominado por singles”, diz Rabhan. “Além do incentivo através da credibilidade, a experiência de imersão de um vídeo estendido também pode servir como até mesmo para ‘comercial de turnê’”, acrescenta. “Drake e Beyoncé por exemplo – eles não estão fazendo seu dinheiro em streaming ou vendas. Eles estão ganhando dinheiro nos fazendo pagar para assisti-los em seus shows. Há um elemento de competitividade entre as estrelas pop de primeira linha para fazer maiores sistemas de distribuição, atrair por sua música”, analisa Connaughton. “Todos querem superar uns aos outros”, finaliza.