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Baú: Anuel AA bomba com “China”, mas você se lembra da música original?

Vamos retomar semanalmente o Baú? Senti a necessidade de voltar com a coluna toda quinta-feira, afinal ter bagagem musical é imprescindível para quem ama música pop – e num mundo atual de esquecimento de artistas do passado e de samples jorrados nas paradas.

Falando em samples, a gente começa com um que foi lançado há 19 anos e que volta agora em uma música de Anuel AA.

Você ouviu esse hit da atualidade?

Estou falando de “China”, uma música do Anuel AA com a namorada Karol G e outros três grandes nomes da música latina da atualidade: Daddy Yankee, Ozuna e J Balvin. Essa combinação de nomes já é um peso na hora da divulgação da música, concorda? Quem é que diria um “não” a algum deles? Então não é de se estranhar que a faixa tenha estreado esta semana já na 52ª colocação da Hot 100, a principal parada de singles dos Estados Unidos. “China” aparece ainda na vice-liderança do Top 50 Spotify Global e o clipe, com pouco mais de 10 dias de lançado, passa de 160 milhões de visualizações.

Mas “China” tem algo reconhecível: um sample que vem de um super hit de 2000. Você não encontrou? Então dê o play:

Se você era muito novinho quando “It Wasn’t Me” foi lançada ou nem era nascido quando Shaggy dominava às rádios, o Baú te relembra.

“It Wasn’t Me” foi a primeira música lançada do álbum “Hot Shot” de 2000 e o primeiro número um de Shaggy nos Estados Unidos. No Reino Unido, ele já havia conquistado o topo com “Bombastic” em 1995, mas também só retornou ao topo do ranking com a nova aposta.

Shaggy é um cara experiente. O jamaicano, radicado nos Estados Unidos após se alistar para a marinha norte-americana, começou a carreira com uma faixa no longa “Invasão de Privacidade” (1993), com Sharon Stone no elenco. A trilha sonora misturava UB40, The Verve e Massive Attack e deu a ele o destaque que precisava para trabalhar um álbum.

Com os contatos certos, Shaggy parou ao lado de nomes como o produtor Sting International, que remixou uma faixa até então inédita com “Let’s Get It On”, clássico de Marvin Gaye. Foi quando “Bombastic” foi lançada, incluída em uma propaganda de TV e o jamaicano estourou mundialmente. Ali Shaggy se fixava no mundo da música e virava uma referência quando se fala de pop e reggae.

Shaggy é um dos nomes mais queridos da indústria. Já cantou ao lado de Janet Jackson, Pitbull, Toni Braxton, Wycleaf Jean, Snoop Dogg, Enrique Iglesias, Ida Corr e lançou um álbum inteirinho com Sting há alguns anos. Seu sucesso abriu portas para um “sucessor” que, diferente dele, é bastante conhecido entre os mais novos: Sean Paul. Os dois já estiveram juntos, inclusive, em um clipe do Elephant Man.

Infelizmente, “China” traz de volta o som de Shaggy para os anos 2010, mas sem o crédito explícito a “It Wasn’t Me”. Diferente de Daddy Yankee, que colocou Snow (dono do sucesso “Informer”) no crédito principal do hit “Con Calma”, Shaggy foi apresentado à uma geração em “China” apenas com menções de veículos especializados que identificaram o sample. Segundo a Billboard, “China” é uma “revisita” ao sucesso de quase 20 anos.

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