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Baile da Favorita: Conversamos com Carol Sampaio, criadora da festa, para entender como o evento tem papel fundamental na popularização do funk

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Ludmilla e Carol Sampaio. Foto: Divulgação

Mais um ano se passou e o Baile da Favorita continua na lista das festas mais badaladas do Brasil. Para celebrar os sete anos, um line-up mais pop do que nunca. O Baile recebe nesta sexta-feira (10/8) na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, atrações como Ludmilla, Gabily, Valesca, DJ Malboro, Nego do Borel, entre outros.

E a responsável por tudo isso é Carol Sampaio (na foto abaixo com Ludmilla), que reservou um tempinho da agenda corrida de produção para falar com o POPline o que devemos esperar do 7º aniversário e a importância do Baile da Favorita.

POPline: O aniversário de 7 anos do Baile da Favorita vai ter bastante pop funk, com Ludmilla, Nego do Borel, Gabilly, Lucas e Orelha, Sapão e Valesca. Como você vê a evolução desse segmento musical desde a criação da festa?
Carol Sampaio: É muito legal ver que eu fui responsável por trazer o funk de volta pra ativa, para a Zona Sul por exemplo, fazer essa coisa de virar modinha. É muito bom! Você ter se arriscado, lá atrás no Baronetti com DJ Malbnoro quando ninguém nunca tinha tocado funk em uma boate da Zona Sul. Eu sempre acreditei, quando era adolescente ia para baile funk. Então ver que as pessoas estão fazendo cada vez mais sucesso, crescendo… poxa, a Ludmilla foi lançada no palco da Favorita, a Anitta, o primeiro show dela foi na Favorita, o Baile da Favorita veio de uma música que o MC Marcinho fez pra mim, isso também me deixa muito feliz. Fico realizada de poder ver que o que eu enxerguei está dando certo e quero que vá cada vez mais longe.

A festa é tipo uma consagração desse crescimento!
Exatamente. A gente faz questão chamar todo mundo para a festa de aniversário. A gente comemora e quer que todo mundo comemore junto, sabe? Onde o funk está, como ele está, onde chegou, como todas as festas acabam em funk!

Como foi feita a escolha das atrações para essa edição especial da festa?
Na verdade a gente convida todas as atrações que fazem parte da Favorita. E graças a Deus, como você viu, 95% fazem questão de estarem com a gente também. Isso é o mais gratificante pra mim, sabe?

E nesse tempo, com a consagração desse pop/funk, você sentiu mudança no público do Baile da Favorita?
Eu acho que meu publico não mudou. É um público que vai nas minhas festas, que confia principalmente na produção, é jovem, que gosta de curtir, se divertir. A Favorita consegue fazer a junção do que todo mundo quer uma boa festa, gente bonita e boa música. Acho que essa mistura é essencial.

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E nesse caminho você acha que ainda existe algum preconceito ou resistência com o estilo musical?
Olha, eu brinco, mas acho que eu fui uma das que mais apanhei porque eu perdi cliente que dizia ‘nossa, a Carol tá fazendo funk, virou promotora de baile funk’. Sofri muito. E hoje eu sou completamente realizada porque atualmente eu não sinto mais esse preconceito. Pelo contrário! Algumas pessoas lá atrás que diziam isso, alguns clientes, hoje em dia eu vejo fazendo festas, desfiles, cantando ou postando… isso também é um grande ponto pra gente!

Alguém já chegou para você depois disso tudo e disse “você tinha razão”?
Muita gente. É o que eu mais escuto. As pessoas que me chamavam de maluca agora “nossa, realmente tem que bater palmas pra você”. No show da Anitta em Lisboa, eu escutei uma pessoa dizendo que “o funk hoje em dia é o que é por causa da Xuxa, da Anitta e de você”. Então não tem preço escutar isso!

Você está acostumada a cuidar de listas VIP de grandes eventos, como o Rock in Rio e o Lollapalooza. É difícil administrar também tantas atrações em uma mesma festa?
Ah não… é tranquilo! Eu faço mesmo o line-up e não tem essa! É engraçado porque tá no show de um, pego outro, jogo no meio, peço pra cantar quando tem uma música em parceria… Então a gente tá acostumado. É uma bagunça organizada (risos).

E entre amigos…
É… Se você pensar, quando a gente faz a festa o show tem uma hora, uma hora e meia. E nessa festa, é tipo, cada um canta meia hora. É realmente para a gente unir. Quem está ali quer somar, quer estar ali na festa, comemorando. Não é um show completo, se fosse a gente teria que fazer um festival de três dias (risos). Isso é o que é legal, o astral da Favorita transforma aquilo ali em uma energia única.

Já teve pedidos/exigências mirabolantes ou absurdas quando monta sua line-up?
Ah, não! Nunca tive. O máximo que acontece é “puxa, Carol fechei um show no mesmo dia então se você puder colocar até esse horário” e tal. E a maioria fica ali curtindo mesmo, gosta.

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Então, Carol, chama aí a galera do Rio que ainda não se decidiu o que fazer nesta sexta-feira!
Gente, acho que é uma festa que vale não só pelas atrações, mas também pela dedicação, pela história, pelo o que a gente construiu até aqui… E a única coisa que eu posso dar certeza é que a pessoa vai se divertir! É o que eu escuto até de pessoas que não gostam de funk e saem de lá depois de terem se divertido horrores, e que juraram que não durariam duas horas ali e quando veeem ficaram até acabar. A gente garante que até às seis da manhã você vai se divertir!

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