Quem nunca precisou do conselho de um amigo para sair de uma “bad”?! É com esse conceito e propósito que Vinícius lançou seu mais recente single, intitulado “Bady”, que chega junto a um clipe super provocante – no sentido mais amplo da palavra. É que o cantor carioca, de 29 anos, além de esbanjar sensualidade, traz diversos easter eggs e mensagens por entre os takes.
Em entrevista exclusiva ao POPline, o artista, que está chegando com tudo à cena nacional, contou um pouquinho sobre o trabalho e, apesar de estar lançando ainda sua segunda música de trabalho, que estreou na última sexta-feira (30), sabe muito bem onde quer chegar com sua arte.
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Nascido e criado no Rio de Janeiro, Vinícius começou cedo na música. Aos seis anos, iniciou nas aulas de piano, instrumental qual ele utiliza para compor suas músicas até hoje, e, de lá para cá, só veio aperfeiçoando seu talento em escolas de canto e de teatro. Junção que faz dele um artista cheio de ideias e um sentimentos de inovação. Seu maior sonho? Tornar-se uma voz ativa.
Movimento esse que já se inicia com a chegada de “Bady”. A faixa, que faz um jogo de palavras com a famosa “bad” que muitas vezes pode acontecer após uma noitada, por exemplo, captura a estética da noite carioca, na qual ele, Vinícius, se coloca num lugar de conselheiro aos ouvintes na intenção para super momento difíceis ou até curtir essa onda. Tudo com muito humor e leveza!
“A saúde mental é um grande tabu social, (e a música) é uma forma divertida de falar sobre isso. Porque todo mundo, em algum momento da vida, fica mal – e tudo bem. A minha vontade é entrar no universo pop trazendo diversas questões. Dá pra ser pop, fazer uma música comercial, e, ao mesmo tempo, apresentar um conteúdo que faça a diferença e ajude as pessoas”, destaca o artista.
Ele, que está envolvido com todo o processo, desde a composição da música, como pela atuação no clipe, produção e direção, conta que a faixa surgiu numa fase muito propícia. “O momento político em que a gente vive… eu usei pra mim mesmo como um conforto, um conforto de como sair da ‘bad’. A ideia é o público se identificar comigo como se eu fosse um amigo”, declara. As muitas camadas do vídeo passeiam por momentos de diversão, euforia até a chagada da “bad”.
“É um clipe todo vermelho, na atmosfera de bar, onde me aproprio o tempo inteiro da bandeira do Brasil, além de ser um trabalho que pode ser visto de varias formas: pode parecer só ser divertido, mas, se puder se aprofundar, é cheio de mensagens escondidas. É importantíssimo, como artista no Brasil, falar disso, falar da ‘bad’ que a gente está no nosso pais. Independente do posicionamento politico, o país está na ‘bad'”, avalia Vinícius.
Sensualidade e provocação
O cantor deu o pontapé inicial na sua carreira com o single “Blasé”, trazendo elementos cariocas em seu trabalho, ele repete a dose nesse novo lançamento ao explorar outros cenários do universo visual e sonoro do Rio. Com referências latinas, misturando hip-hop e funk, seu estilo traz visuais marcantes. Tudo milimetricamente pensando, segundo ele, que se intitula um “nerd do pop”.
Tendo referências como grandes artistas como Lady Gaga, Beyoncé e Harry Styles – só para citar alguns -, o cantor se diz um estudioso da cultura pop, fato esse que impacta diretamente em suas escolhas artísticas, apesar da timidez que ele assume ter fora dos holofotes, mesmo explorando toda a beleza das curvas de seu corpo. Para ele, um instrumento de transformação.
“Quis trazer pro pop nacional a sensualidade masculina, que como consumidor de musica pop, me questiono muito os motivos de não termos tantas representações. Acho importante, os homens também são sensuais, por mais que nossa sociedade diga que o homem precisa ser duro. A gente está mudando isso, o homem pode ser sensual, rebolar, ou mostrar o corpo. O mercado pop precisa dessa representação do homem de sunga no pop”, declara.
“O trabalho do Harry Styles, Lil Nas X, por exemplo, está trazendo uma desconstrução muito importante. Esses códigos de vestimenta, gestual, que a sociedade define como masculino ou feminino não é real. Então, o clipe é provocativo de proposito. Eu prefiro que a pessoa goste ou desgoste (do meu trabalho) do que não tenha reação. Que as pessoas tenham curiosidade no meu trabalho e que provoque mudanças. Espero que as pessoas recebam de forma leve e com senso de humor”.
Imersão musical
As referências musicais de Vinícius são as mais diversas. Little Monster de carteirinha, o cantor, assim como Gaga, gosta de transitar entre os mias variados ritmos que vão desde os hits “farofas”, até baladas românticas. Uma faceta que ele ainda pretende mostrar no decorrer de sua carreira.
“Eu sou pianista, eu componho minhas musicas no piano”, conta ele, que tem Adele, Maysa Matarazzo, Michael Jackson e tantos outros nomes como inspiração. Grandes nomes da música que se tornam referência direta para a construção de suas apresentações. “Eu amo dançar e quero ter um show pop. Esse piano vai chegar. Eu estudei voz e piano a vida inteira… tenho milhões de baldas que escrevi. Eu sou muito nerd do pop e vou entregar um show incrível. Estou muto feliz orgulhoso desse trabalho. É novo, ousado, que possa abrir portas. Minha palavra atual é alcance“.
E com um novo espetáculo em vista e a ótima recepção de “Bady”, o cantor já vislumbra diversos lançamentos e conversas de feats para o futuro, viu?! Um futuro bem próximo, ainda para 2022. “Vai sair um novo single mês que vem, mais pra balada, mostrando esse outro lado, e depois vem outra com bateção com um produtor incrível, seguida de uma música pro carnaval que eu amo”.
Apesar de não ter músicos na família, Vinícius teve ótimas referências de seus pais, que, desde que ele era menino, ouviam discos de Prince, Caetano Veloso, Michale Jackson, Beatles e Gilberto Gil, por exemplo, construindo sua formação musical recheada de grandes ídolos.
Relação com a moda
Apesar de entregar muitos lookinhos incríveis nos clipes e em suas redes sociais, Vinícius assume ser mais ligado à comunicação dos elementos que apresenta do que o mundo da moda. “Eu sou ligado a cultura visual e ela passa por figurinos vestimenta, eu digo que sou mais ligado mais ao estilo que a moda. Eu gosto de criar uma narrativa, a roupa comunica muito”, diz.
Como não poderia ser diferente, muito dos artistas que ele admira também passam por essa questão visual como a já citada Lady Gaga, e artistas nacionais como Gloria Groove, Luísa Sonza, Liniker e Priscilla Alcantara. Nomes com os quais ele também sonha em fazer parcerias.
E apresar de estar iniciando sua caminhada no mercado fonográfico, Vinícius é o tipo de artista que sabe exatamente onde quer chegar. “Tenho um sonho único com música que é conseguir ter uma voz ativa no mundo. E em algum momento fazer o bem. Quero ser um comunicador do bem e fazer coisas positivas, o mundo está na ‘bad’. Vamos ser do bem. É tão mais fácil legal”, conclui.