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Baco Exu do Blues participa do quadro “Faixa a Faixa” e comenta as canções do elogiado álbum “Bluesman”


Foto: Alex Takaki

A força da criação de Baco Exu do Blues vem de experiências profundas de quem vive na corda bamba de fortes emoções, mas sobrevive. É o que uma das jóias da nova geração da música revela no Deezer Faixa a Faixa, conteúdo exclusivo do streaming global de áudio, no qual os artistas falam dos bastidores das produções de sua obra.

Baco Exu do Blues, que apresentou “Bluesman” em show transmitido ao vivo via Deezer no clube Áudio, em São Paulo, em fevereiro – evento que marcou o primeiro espetáculo transmitido ao vivo via streaming de áudio no Brasil – mostrou que sua obra se baseia nas emoções geradas por depressão e bipolaridade, como na faixa 3 “Me Desculpa Jay Z”:

“Era isso que eu queria para esta faixa, criar meu próprio mundo e explicar meu próprio mundo, a forma que me sentia com meus ataques de bipolaridade. Muita gente acha que a faixa é brincadeira, mas é um rolê, um plano de minha vida inteira. Vem falando de relacionamento, da questão de como vou conseguir dinheiro, depois muda. Tem frase que sou eu falando com minha família, tem frase que sou falando comigo mesmo de ‘carai, f*, o que é que vou fazer da vida’. Num momento tenho certeza, num momento não tenho. Num momento eu quero, num momento eu não quero, como é tudo na vida”, conta Baco em trecho sobre a faixa que tem participação da artista 1LUM3.

No Faixa a Faixa da Deezer, Baco Exu do Blues faz uma análise sobre como cada processo ou cada estágio de emoção pode ser lido na composição de “Bluesman”. A faixa 2 “Queima Minha Pele”, com participação de Tim Bernardes, fala de depressão. A quarta faixa “Minotauro de Borges” é um prólogo de morte, segundo o próprio artista, e a quinta, “Kanye West da Bahia”, a ressurreição. Em “Flamingos”, a faixa 6, ela quis expressar uma sensação de vitória e retratar codependência, pois o pássaro tem apenas um parceiro na vida.

A música seguinte, “Girassóis de Van Gogh”, retrata medo sobre suicídio e procura de motivação para estar vivo. Neste momento, Baco comemora: “Graças a Deus não me entreguei. Tô aqui, rapaziada”. Em “Preto e Prata” o artista dá uma respiro e fala do valor de ter a pele negra, pois “se você olha no escuro uma pele preta ela brilha, sempre achei que isso era especial”, conta. Para fechar “Bluesman”, ele escolheu “BB King”, onde ele fala de autoestima com “uma faixa para as pessoas ouvirem e se sentirem bem”.

Se você quer entender melhor toda essa profundidade do último álbum lançado por Baco Exu do Blues, clique neste Faixa a Faixa da Deezer e mergulhe.