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Backstreet Boys voltam a declarar amor pelos fãs brasileiros em show no Rio de Janeiro

Tenho que admitir que tive uma certa apreensão quando fui escalada para fazer a cobertura do show do Backstreet Boys para o POPline, no Rio de Janeiro. Sempre gostei de boy bands, sou da geração que viu o fenômeno Menudo e viveu intensamente a era New Kids on the Block, então quando surgiu o Backstreet Boys não dei muita importância. Achava que era apenas mais uma e que logo passaria. Nunca fui efetivamente fã do grupo, nunca comprei um álbum ou fui a um dos shows anteriores que fizeram por aqui, mas gostava das músicas, e como não vivia numa bolha, sempre soube cantar as músicas. Como tinha uma “vasta experiência” em assistir a boy bands, pois já tinha ido, como citado acima, em shows do Menudo e do New Kids on The Block e também nos shows do Five e do N’SYNC, achei que seria fácil fazer uma resenha sobre a segunda apresentação da turnê “In a World Like This” em terras brasileiras. Acreditava que seria somente mais um show de boy band.

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Ledo engano.

Os Backstreet Boys são contagiantes. Simpáticos e com uma energia única, Nick Carter, AJ McLean, Howie Dourogh, Brian Littrell e Kevin Richardson, no alto dos seus 30/40 anos, dançam e cantam durante aproximadamente 2h de show com o fôlego que muita banda “novinha” não tem. Donos de inúmeros hits, fizeram um Citibank Hall, completamente lotado, cantar todas as faixas, as mais ou menos conhecidas e com quem assistisse ao show tivesse a impressão de ter entrado numa cápsula do tempo e voltado aos áureos anos 1990, quando o grupo surgiu.

Com aproximadamente 20 minutos após o horário previsto para o início, o show começou com “The Call”, mantendo o setlist apresentado no show anterior, inclusive “10.000 Promises” no acoustic set. Assim como em Recife, Nick começou a apresentação do grupo com algumas regras: 1ª – “Divirtam-se”; 2ª – “O que acontece no show dos Backstreet Boys, fica no show dos Backstreet Boys” e a 3ª – “Voltem aos 15 anos de idade e ‘let’s get crazy'”! E o público cumpriu direitinho.

É nítida a forte ligação que o grupo tem com o Brasil e eles fizeram questão de lembrar isso durante todo o show citando a primeira e apoteótica vinda deles ao Brasil há mais de 10 anos – que eles lembram como um dos momentos mais especiais nesses mais de 20 anos de carreira. Nick afirmou que o Brasil é o local favorito deles e Kevin, o mais festejado, até por ser a turnê de retorno do cantor ao grupo depois de alguns anos longe, disse que possivelmente o público brasileiro é o que mais ama os Backstreet Boys e que estamos marcados permanentemente em seus corações. “You’re permanent stain in our hearts”, disse citando uma das faixas do novo álbum e cantada no show.

Acessíveis, Kevin ganhou uma camisa do Brasil de uma fã, Brian ajoelhou no palco para pegar a foto de uma fã que estava na pit (área para o fã-clube dentro do palco) para autografar e Howie e AJ pegaram câmeras e celulares de quem estava na primeira fila da pista premium para fazer selfies ou filmar em close. Diferentemente do show anterior, onde todos vestiram camisas do Brasil, no Rio de Janeiro, somente AJ apareceu no palco com a roupa verde e amarelo.

Realmente, agora entendo o sucesso ininterrupto e os oito shows agendados para o Brasil e se o mundo do Backstreet Boys é como eles apresentaram no palco ontem à noite, precisamos de mais!

Por Carol Duarte

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