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Avenged Sevenfold: “o uso excessivo de tecnologia está matando o Metal e o Rock”, declara M. Shadows

M. Shadows por Mike Pont/Getty Images

A discussão do momento é o uso de Inteligência Artificial nas artes e para o vocalista do Avenged Sevenfold, M. Shadows, “o uso excessivo de tecnologia está matando o Metal e o Rock”.

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Em entrevista ao podcast The Ex-Man with Doc Coyle, o cantor debateu o tema ao lado de Coyle, apresentador e guitarrista do Bad Wolves, e criticou o uso exagerado de IA na composição das músicas pesadas (tradução via TMDQA!).

“Há muito vocoder [instrumento capaz de sintetizar a voz humana] e coisas que estamos fazendo neste álbum [‘Life Is But A Dream …’, 2023]. Mas não estamos usando o vocoder do ProTools, certo? Trouxemos os teclados [com vocoders], estamos cantando coisas, estamos falando [através] do talkbox… essas coisas novas e inovadoras de uma maneira orgânica, acho que tem um jeito muito legal. Uma coisa que eu acho, e eu disse isso no Twitter e recebi [mensagens do tipo] ‘velho gritando para as nuvens’, é que o uso excessivo de tecnologia está matando o Metal e matando o Rock.”

Para enfatizar mais o posicionamento, M. Shadows mencionou Metallica, System of a Down e Tool como exemplos de artistas orgânicos e verdadeiros.

“Eu acho que é por isso que bandas como Tool, bandas como o System [Of A Down], elas realmente se destacam porque há tanta dinâmica, há tanta coisa real acontecendo. Acho que há uma razão pela qual o Rock tem dificuldade em traduzir. Algumas dessas músicas… eu penso, tipo, como seria o som do ‘Master Of Puppets’ [álbum do Metallica] se a bateria fosse quantizada, tudo fosse preenchido nos alto-falantes, tudo perfeitamente afinado… simplesmente não teria a mesma coisa que isso te faz sentir.”

Falando sobre “Life is but a Dream…”, o álbum lançado em junho deste ano pelo Avenged Sevenfold é o primeiro desde 2016. O sucessor de “The Stage”, de 2016, surpreendeu. Muitos não gostaram da sonoridade experimental, psicodélica e existencialista do oitavo trabalho de estúdio, mas outros embarcaram na viagem e apreciaram o que foi criado pelo quinteto.

(Por Bruna Cora)

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