Muito tem se discutido sobre representatividade LGBTQIAP+ no audiovisual nos últimos anos. Existe uma corrente que defende que, mais do que representar vivências LGBQIAP+, é importante que artistas LGBTQIAP+ ocupem esses espaços. O ator norte-americano Stanley Tucci (de “O Diabo Veste Prada”), no entanto, defende que heterossexuais possam interpretar gays sem que isso seja uma questão.
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“Como ator, você deve interpretar pessoas diferentes. É isso. É o ponto. É óbvio que acho que está tudo bem”, declarou à BBC Radio 4. Stanley interpretou personagens” gays nos filmes “O Diabo Veste Prada” (2006) e “Memórias de um Amor” (2020).
“Sempre fico lisonjeado quando homens gays chegam até mim e falam sobre ‘O Diabo Veste Prada’ ou ‘Memórias de um Amor’. Dizem que ‘foi muito bonito’, sabe? ‘Você fez a coisa certa’. Porque, frequentemente, não é feito da maneira correta”, comenta Stanley Tucci.
A crítica que é feita a escalação de atores heterossexuais para personagens gays se deve a um caráter histórico. Atores cisgêneros heterossexuais ganham prêmios ao interpretarem dramas LGBTQIAP+, enquanto artistas realmente LGBTQIAP+ sofrem diversas represálias e consequências ao tornarem pública sua sexualidade.
Alfonso Herrera lamenta que “El Baile de los 41” não esteja na Netflix Brasil
O ator mexicano Alfonso Herrera pôde ser visto no Top 10 da Netflix Brasil recentemente com o filme “Viva o México!”. Ele adorou saber disso. Mas o ex-RBD lamenta que o longa-metragem “El Baile de los 41” (2020), que ele também protagonizou, não tenha chegado para os usuários brasileiros na plataforma. É um trabalho importante de sua filmografia.
“‘El Baile de los 41’ não entrou na Netflix, mas fico muito contente que ‘Viva o México’ tenha entrado”, Alfonso comentou com o POPline em entrevista para tratar de seu trabalho em prol de refugiados. “El Baile de los 41” estreou nos cinemas mexicanos durante a pandemia em 2020, e chegou à Netflix em 2021, mas nunca ficou disponível no Brasil.
O filme é baseado em uma história real ocorrida no México no século XX, quando a homofobia era ainda mais dura. Na época, a mídia mexicana foi tomada por notícias sobre reuniões secretas de um grupo de homens gays de alto escalão da sociedade. Uma festa gay, basicamente, que foi interrompida pela polícia. 41 homens foram presos e 19 estavam com roupas femininas, o que foi um escândalo.