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As Bahias e a Cozinha Mineira lançam álbum engajado com participação de Projota! Ouça “Tarântula”

As Bahias e a Cozinha Mineira lançam nesta sexta-feira, dia 31 de maio, Tarântula, seu terceiro álbum de estúdio e o primeiro após a assinatura com a Universal Music. Tarântula é o título da obra que além de 10 canções compostas por seus integrantes ganha as plataformas digitais e também chega ao mercado acompanhado de três videoclipes: Volta, Carne dos Meus Versos e Shazam Shazam Boom, dirigidos por Rafael Carvalho especialmente para o lançamento.

Sucessor do premiado Bixa (2017), o trabalho era esperado por seus fãs após o single e clipe “Das Estrelas”, lançado em janeiro de 2019 e que se atrevia a dar mostras do tom eclético, doce e, ao mesmo tempo, político deste disco agora completo. Assucena relembra que Tarântula nasceu sem pretensão em razão de ter sido inicialmente concebido para um EP.

Apesar do tom também político, o grupo se livrou das retóricas para criar uma obra livre que trata também do afeto e do cotidiano. “Tarântula construiu seu conceito na medida em que íamos descobrindo cada canção e conectando seus significados até chegar a um disco”, explica Assucena. Para Raquel, em Tarântula há “paixões
perdidas, fuça de fuzil, a Bahia e mulheres que botam para quebrar”. “O álbum é o século 21 sob nossa perspectiva, nossas crônicas, relatos e aventuras”, resume. Confira o bate-papo do POPline com Raquel, Assucena e Rafael!

Dá um frio na barriga lançar um álbum depois de um disco tão premiado como o “Bixa”, de 2017?

Raquel Virgínia: Estamos mais maduras, dá um frio, sim, como qualquer estreia. Mas acho que sem esse frio eu não seria artista, é preciso não esperar muito e jamais se achar demais para fazer diferente e continuar fazendo música. Esperamos sentir esse frio mais 50 mil vezes.

Tarântula é um nome bem inusitado para um álbum. De onde veio a inspiração. Qual é a essência desse novo trabalho?

Assucena: Ele foi inspirado na Operação Tarântula, ação da década de 1980 da ditadura paulista que perseguiu a comunidade LGBT, apenas travestis foram mais de 300 com a desculpa de que, ao exterminá-los, podia se prevenir do HIV. A essência do álbum é essa, portanto. Somos um grupo que não quer perseguir um nicho, mas ter o direito de ser diverso, seja nas músicas ou nas composições. Somos ecléticos e nunca perdemos isto de vista. E isto é bem evidente no novo álbum.

Nesse álbum vocês têm um dueto com Projota. Como é mesclar a musicalidade de Bahia, Minas e Sampa?

Assucena: São Paulo reúne toda a musicalidade do Brasil, aqui tem Minas, tem Bahia, tem Pernambuco e tem o Sul. E tem Projota, que orgulho! E aqui nós três nos encontramos, acho que já nascemos mesclando.

Além de falar sobre os romances, As Bahias e a Cozinha Mineira faz um som muito político. Como vocês avaliam esse espaço artístico para poder dar voz às grandes causas?

Rafael Acerbi: Tudo que fazemos é político, mas nem tudo necessariamente é militante. A conquista do microfone nos dá voz e o importante é ela contar do nosso tempo. Na minha música de estreia como cantor e compositor, Volta, por exemplo, falo de relações desgastadas. Acho também político quando homens falam de amor. Atos políticos, afinal, podem ser pequenas coisas. E eu fico muito feliz quando nossos pensamentos e sentimentos ganham nossas vozes e o coro de nosso fãs.

O que os fãs podem esperar dos shows? Teremos novidades? Covers, lados bs? Contem tudo!

Rafael Acerbi: Calma (risos). Estamos preparando um show lindo que começará por São Paulo. E logo mais contamos tudo. Só posso adiantar que o processo está lindo, de verdade.

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