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Artistas usam shows no Lollapalooza para manifesto político; veja as reações

Lucas Silveira, da Fresno, e Lulu Santos. Foto: Twitter (@Multishow).

O Lollapalooza Brasil já estava acontecendo quando saiu na tarde deste domingo (27) a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibiu manifestações políticas no festival.

O pedido foi feito neste sábado pelo PL e, segundo o partido, houve crime de propaganda eleitoral antecipada durante o show da Pabllo Vittar e Marina em apoio ao ex-presidente Lula.  No final do show, marcado por diversos hits, a cantora levantou uma bandeira com o rosto de Lula.

> Artistas se manifestam nas redes sociais

Lollapalooza à noite. Foto: Instagram (@lollapaloozabr)

Eis porque a manifestação política em mais de um show, uma em absoluto desabono ao pré-candidato Jair Bolsonaro e outra em escancarada propaganda antecipada em favor de Luiz Inácio negativa e antecipada além de promoverem verdadeiro showmício, sendo indiferente se o evento foi custeado pelo candidato ou se o mesmo esteve presente no ato“, revela o documento compartilhado pelo PL.

Enquanto Marcelo D2 e o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, tentavam reverter a situação no próprio TSE e também no Supremo Tribunal Federal (STF), alguns artistas brasileiros que se apresentavam no Lollapalooza não se intimidaram e protestaram.

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A banda Fresno foi a mais incisiva, até então. Além de exibir um “Fora Bolsonaro” no telão durante a performance de “Fudeu”, a banda também convidou Lulu Santos para participação especial. “Censura nunca mais”, verbalizou o veterano no encerramento da performance.

Marina Sena também abordou política em seu show. A cantora pediu que quem não havia tirado ainda o título eleitoral, que o fizesse. Ela, inclusive, fez a transferência do seu título para São Paulo. “É o único jeito da gente conseguir mudar alguma coisa. A gente precisa mesmo tirar o título e votar, minha gente. Não dá mais”, disse.

Como era de se esperar, Djonga não subiu ao palco do Lollapalooza sem transmitir sua forte mensagem política – tema de grande parte do seu repertório. “Pensa em uma pessoa que vocês odeiam muito“, disse o rapper mineiro ao público, que imediatamente começou a xingar o presidente Jair Bolsonaro. “Não pode falar? Então vamos falar que eu gosto de desobedecer“, completou em referência a decisão do TSE.

No decorrer de sua apresentação, o astro do rap xingou Bolsonaro diversas vezes.

Ludmilla fez uma rápida participação no show de Kehlani e cantou “Verdinha“, mas não deixou o palco sem gritar “Fora Bolsonaro“. Nas redes sociais, a cantora escreveu: “Eu não estou aqui hoje cantando essa música que é tão perseguida à toa. A gente não pode retroceder e a única forma disso não acontecer é votando galera! Jovens, emitam seus títulos, vamos fazer a diferença!”. 

Gloria Groove também se manifestou durante o seu show. Vestindo um figurino vermelho e com o número ’13’ cravejado nas costas, a drag queen disse: “Será que a gente voltou no tempo? Será realmente que é isso que está acontecendo? Quer dizer que eles querem calar a gente? Censura em 2022 é o car*lho. Fora Bolsonaro”.

Foto: @gloriagroove (Twitter)

Um tributo ao baterista do Foo Fighters, Taylor Hawkins, encerrou o festival. Liderado por Planet Hemp e Emicida, o show contou com a participação de diversos nomes do rap nacional, incluindo Mano Brown, Ice Blue, KL Jay, Drik Barbosa, Djonga e Rael. O espetáculo foi marcado por muita emoção e por pedidos para que jovens tirem o título de eleitor. Em um dos momentos mais acalorados, Marcelo D2 fez um trocadilho com o nome do festival: