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Após documentário, Luísa Sonza rebate comentário sobre caso de racismo

“Ninguém está livre da estrutura racista em que vivemos”, disse a cantora

(Foto: Instagram @luisasonza)

Luísa Sonza falou abertamente sobre o processo por acusação de racismo no documentário “Se eu Fosse Luísa Sonza”, lançado nesta quarta (13), e a declaração repercutiu bastante. Por causa disso, a cantora chegou a rebater uma internauta que comentou sobre a polêmica de maneira debochada.

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(Foto: Instagram @luisasonza)

“Fala sobre o racismo que você praticou?”, questionou a mulher em uma publicação na qual Luísa falava sobre seu documentário da Netflix. Pouco tempo depois, ela respondeu, mencionando que ninguém estava livre da “estrutura racista”.

“Sim. E sobre os seus? Ninguém está livre da estrutura racista em que vivemos! Já aproveito e te pergunto o que você faz para ser, de fato, uma pessoa antirracista? Lembrando que não fazer nada efetivo para mudar o sistema automaticamente te faz uma pessoa racista, pois usufrui dos privilégios sem propor mudanças na estrutura”, escreveu.

Relembre o caso

Aconteceu em 2018, quando Luísa Sonza cantou no restaurante de um hotel em Fernando de Noronha. Durante a apresentação, ela pediu água para uma mulher negra, a advogada Isabel Macedo, como se ela fosse uma serviçal. Dois anos depois, essa mulher entrou com um processo por danos morais. Em 2022, o tema ganhou a mídia e a cantora chegou a adiar shows para resolver a situação. As duas fizeram um acordo indenizatório.

O depoimento aparece no final do segundo episódio da série documental da Netflix – na qual Luísa também trata do divórcio com Whindersson Nunes. A cantora fala sobre o episódio de racismo encarando uma câmera, aparentemente sozinha no cômodo.

“Não tô aqui para me justificar. Eu acho que com quem eu tinha que falar, me justificar e pedir desculpa, eu já me justifiquei”, explicou.

Segundo ela, o processo movido por Isabel Macedo a motivou a estudar e se tornar uma pessoa mais consciente da estrutura racista da sociedade. “Eu aprendi várias coisas, li muito. No sentido de me aliar à causa antirracista, entender minha responsabilidade como pessoa branca, e buscar investir nas causas antirracistas. Eu abri um restaurante, invisto em vários projetos, e incluo isso para minha vida. Tento ser o mais correta nesse lugar. Aprendi a ser o mais correta nesse lugar”, pontuou Luísa.