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No aniversário de 39 anos de Beyoncé, relembre 5 vezes em que a cantora revolucionou a indústria musical

Cantora vem se consolidando nos últimos anos para além de cantora, como uma grande ativista social
No aniversário de 39 anos de Beyoncé, relembre 5 vezes em que a cantora revolucionou a indústria musical. Foto: Divulgação
No aniversário de 39 anos de Beyoncé, relembre 5 vezes em que a cantora revolucionou a indústria musical. Foto: Divulgação

Beyoncé Giselle Knowles-Carter, ou simplesmente Beyoncé, completa 39 anos nesta sexta-feira, 04 de setembro de 2020. Diva pop, mãe e ativista social, a cantora tem um legado simbólico para o show-business que vai além da música! O POPline preparou uma matéria especial mostrando 5 momentos em que Beyoncé revolucionou a indústria musical!

No aniversário de 39 anos de Beyoncé, relembre 5 vezes em que a cantora revolucionou a indústria musical. Foto: Divulgação

No aniversário de 39 anos de Beyoncé, relembre 5 vezes em que a cantora revolucionou a indústria musical. Foto: Divulgação

1. Ao ser a mulher mais premiada em uma única edição do Grammy

Beyoncé fez história em 2010 quando foi a vencedora em 6 categorias do Grammy em 2010 pelo álbum “I Am… Sasha Fierce“. Até hoje, nenhuma outra cantora superou esse número de prêmios em uma só noite. Porém, isso é muito simbólico para além da quantidade de Grammies.

Beyoncé nem conseguiu segurar todos os Grammies que ganhou na edição 2010 do Grammy Awards. Foto: Getty Images

Beyoncé nem conseguiu segurar todos os Grammies que ganhou na edição 2010 do Grammy Awards. Foto: Getty Images

Beyoncé é uma mulher negra norte-americana e nos Estados Unidos até 1957 existia o regime de segregação racial, em que negros não poderiam frequentar os mesmos locais que brancos.

O preconceito racial era tão grande que a atriz Hattie McDaniel, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo papel em “E o Vento Levou…“, em 1940,  foi barrada no salão onde acontecia o Oscar porque era uma mulher negra.

Ela precisou esperar do lado de fora, em um canto, até o anúncio das indicadas de sua categoria. Quando a aclamaram como vencedora, os seguranças, enfim, liberaram a passagem até o palco.

Em 2010 foi uma mulher negra, como Hattie que fazia história no showbusiness.

2. Quando se tornou a diva pop que popularizou o conceito do alterego de um artista

Lady Gaga, conhecida pelos seus diversos alteregos, ainda era uma artista iniciante quando Beyoncé lançou o álbum “I am… Sasha Fierce” em 2008. Beyoncé dividiu o mesmo álbum em duas partes. “I am”, que segundo a artista era ela de verdade, com músicas românticas e de influência R&B, como “If I Were a Boy” e “Halo”.

Beyoncé popularizou o conceito de alterego ao lançar o álbum "I am... Sasha Fierce". Foto: Divulgação

Beyoncé popularizou o conceito de alterego ao lançar o álbum “I am… Sasha Fierce”. Foto: Divulgação

Já  Sasha Fierce, que era o seu alterego, era uma mulher muito sedutora, “prafrentex”, que se destacava com canções em batidas mais agitadas que combinam electropop e europop, como: “Single Ladies (Put a Ring on It)” e “Diva”.

Beyoncé explicou na época de lançamento que:

“Metade do álbum, “I Am…, é sobre quem eu sou por baixo de toda a maquiagem, sob as luzes e sob todo o emocionante drama estelar. E Sasha Fierce é o lado mais engraçado, mais sensual, mais agressivo, mais aberto e mais glamouroso que aparece quando estou trabalhando e no palco. O álbum duplo me permite correr mais riscos e realmente sair de mim mesmo, ou melhor, mais um passo em mim e revelar uma parte de mim que somente as pessoas que me conhecem veem”.

A partir desse álbum, o conceito do alterego de um artista se tornou mais popular, que ganhou o auge com a ascensão de Lady Gaga em 2009 e as suas diversas faces como Candy e Jo Calderone.

3. Revolucionou o marketing no mundo musical ao lançar um álbum visual inédito “do nada”

Estamos na era tecnológica, tudo deve ser muito rápido, há muitos concorrentes, então o marketing deve ser bem estruturado para “surpreender”. Mas nada de anúncios! Beyoncé inovou fazendo algo inédito até então, lançando um álbum “do nada” em 2013.

Beyoncé inovou ao lançar um álbum do "nada" em 2013!

Beyoncé inovou ao lançar um álbum do “nada” em 2013!

Beyoncé ‘The Visual Album’ tem 14 músicas e 17 videos e foram lançados todos ao mesmo tempo. Surpreendendo os fãs e a indústria da música. Logo após o lançamento inesperado, Beyoncé escreveu em suas redes sociais:

“Hoje, as pessoas escutam somente pouco segundos da músicaem seus iPods e não investem em toda a experiência. É tudo sobre o single, o lançamento. É muita coisa que fica entre a música, a arte e os fãs. Eu senti que não queria que ninguém divulgasse a mensagem sobre quando meu álbum seria lançado. Eu quis que ele fosse divulgado quando estivesse pronto, e por mim para meus fãs”.

Gênia, né?

4. Quando processou a marca que fez propaganda por ter mudado o seu tom de pele

Sabemos que na indústria do entretenimento, um dos componentes fundamentais para o lucro e também consolidação da imagem de um artista é a publicidade. Porém, nem só de dinheiro vive um cantor.

Ninguém é obrigado a aceitar um photoshop que distorce a sua cor natural, não é mesmo?

Ninguém é obrigado a aceitar um photoshop que distorce a sua cor natural, não é mesmo?

E Beyoncé dá grandes provas que se preocupa muito com o legado que passará ao seu público.

Mesmo sendo a garota propaganda, ela já processou a empresa L’Oréal por ter alterado o seu tom de pele digitalmente em uma de suas publicidades. A empresa negou ter alterado os traços ou o tom de pele de Beyoncé na propaganda do produto.

A revista Vanity Fair também foi acusada de alterar o tom de sua pele digitalmente, mas nada foi confirmado pela revista.

5. Por não ter medo de ser ativista em questões sociais

É inegável que desde quando  fazia parte do trio Destiny’s Child, a música de Beyoncé tocava em pontos fortes como o poder das mulheres e relações desiguais. Porém, naquela época, questões como empoderamento feminino, feminismo, igualdade racial e social não eram tão discutidas pela mídia quanto atualmente.

Já em carreira solo, desde 2006, Beyoncé apresentou sua banda, formada somente por mulheres,  as Suga Mama, que inclui baixistas, bateristas, guitarristas, trompista, tecladistas e percussionistas.

Contudo, o seu discurso sobre feminismo começou a ser ainda mais evidente em 2014, quando lançou a música “Flawless” com a fala: “Nós todos devemos ser feministas“, da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, uma das maiores pesquisadoras sobre o feminismo do século XXI.

A partir disso, os haters começaram a dizer que Beyoncé era “feminista de telão”, porém, basta uma breve pesquisada em sua  história e discografia para notar que canções como “Survivor”, “Run The World (Girls)” e “Say My Name”, lançadas muito antes do movimento feminista ser um tema amplamente falado, já abordavam a importância do empoderamento feminino.

Feminista, sim, de telão, nunca foi!

A ativista social

Além disso, o lançamento de “Lemonade”, em 2016, pode ser considerado o primeiro álbum-protesto da cantora. Para além de uma diva pop, vimos ali uma clara ativista social, principalmente em prol do movimento negro.

Beyoncé se consolidou como uma grande ativista social na era "Lemonade". Foto: Reprodução: YouTube

Beyoncé se consolidou como uma grande ativista social na era “Lemonade”. Foto: Reprodução: YouTube

Beyoncé enaltece ícones da cultura negra norte-americana através das letras de suas canções e a beleza de um povo explorando a parte estética do seu trabalho.

Ao longo dos clipes, a cantora aparece de tranças, exalta o poder e a naturalidade em ser negra e ter orgulho disso, mesmo com tanto preconceito à sua cor de pele. Beyoncé deixa a mensagem de que é bonito ser negro, amar um homem negro e honra a sua ancestralidade.

Beyoncé se consolida como ativista social no álbum "Lemonade". Foto: Reprodução YouTube

Beyoncé se consolida como ativista social no álbum “Lemonade”. Foto: Reprodução YouTube

Mais recentemente, em 2020, com o lançamento de “Black Is King“, lá estava Beyoncé de novo, à frente de um filme que exaltava a cultura negra em um contexto em que era possível ver questões como afrofuturismo, matriarcado, religiões de matriz africana e até referências a Hamlet!

Amém, #QueenB!

 

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