Quem escuta Anitta cantando em português no remix de “Ginza”, hit do J. Balvin, nem imagina que essa opção não anula seus planos de dominar o mundo. A cantora carioca evita falar, mas a articulação para seu lançamento internacional está a todo vapor.
No mês passado, logo após o carnaval, ela passou uma temporada nos Estados Unidos. O que era para ser férias com amigos, virou trabalho e ela não conseguiu esconder: os encontros com produtores renomados do mercado americano foram devidamente compartilhados no SnapChat.
Mais pistas? Em um pocket show para uma rádio de Brasília no começo de março, Anitta deixou escapar que sua próxima música de trabalho será a última do álbum “Bang” e que “está preparando algo muito maior”. Agora, para a revista Marie Claire, ela foi clara quando o assunto foi carreira no exterior. “Traduzi músicas para o espanhol e escrevi outras em inglês”, revelou.
A preparação da brasileira lembra o que a Shakira fez no começo dos anos 2000. O objetivo da colombiana era invadir o mercado americano e, como ela mesma contava em entrevistas, não foi da noite para o dia. Até alcançar o topo das paradas nos Estados Unidos e na Europa, foi um trabalho delicado, com muita pesquisa e aperfeiçoamento da artista. “Launrdy Service”, seu primeiro álbum em inglês em 2001, foi um marco na sua mudança de imagem e estilo musical. Na época, Ricky Martin era o grande nome latino ascendente no mercado global – resultado da sua campanha para a Copa do Mundo em 1998 com a música “La Copa de La Vide”.
Os eventos esportivos globais podem ser uma excelente oportunidade para ganhar o mundo. Shakira, em 2010, viu sua carreira internacional alcançar novos patamares com “Waka Waka”, trilha oficial da Copa do Mundo da África do Sul. A faixa viralizou na web e a coreografia conquistou os quatro cantos do planeta.
É no Rio de Janeiro as Olimpíadas no próximo semestre e Anitta é um dos poucos nomes da nossa música que pode se apropriar do alcance do evento para lançar sua carreira internacional.
