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Anitta abre o jogo e fala sobre polêmicas abordadas em biografia: “os poucos pedaços que eu vi, estão bem coerentes com a realidade”


Nos últimos dias o mundo das celebridades com alguns bafos divulgados o livro “Furacão Anitta”, biografia não autorizada sobre o jornalista Leo Dias. Além de contar a história da artista, chamou atenção os casos polêmicos de brigas.

Pelo Instagram, nesta sexta-feira (29), Anitta abriu o jogo pela primeira vez sobre toda essa polêmica, esclarecendo algumas situações. “Sobre a Biografia do Leo, ela realmente não é autorizada, eu não faço parte dela. Eu não ganho nem um centavo com esse livro, eu nada tenho a ver com ele. O que acontece é que, desde sempre, minha postura como artista é respeitar o papel de cada um, o trabalho de cada um. Ele escolheu ser jornalista desse ramo, dos famosos, das fofocas, que muita gente se interessa. Tem muito público pra isso, se não tivesse ele nem trabalharia com isso”, disse.

“Se a pessoa me perguntar minha versão, eu vou lá explico, mas não sou de ligar pra jornalista pra pedir pra não dar matéria, pra não fazer isso, ou aquilo. A própria Fabíola Reipert, que falou milhares de coisas e eu não ligo. Cada um tem o seu trabalho, eles vivem a vida deles e eu a minha. Busco o mais de compreensão possível. Eu entendo que, quando eu preciso, pra falar sobre meu trabalho, eu quero a ajuda deles, né? Então eu não me meto”, continua.

Durante o deabafo, a cantora confirma que falou com o jornalista em certos momentos, mas sempre fazendo questão que os dois lados da história fossem apurados. “Quando sai alguma coisa que me magoa, eu venho e explico. Quando eu era mais jovem, eu era mais imatura ao respeito disso. Hoje em dia eu sou bem diferente, bem tranquila. Há um tempo atrás, o Leo Dias veio me chamar, ele fala com todo mundo, mas com todo mundo ele tem uma obsessãozinha (risos). Ele falou comigo que queria fazer muito uma biografia minha, que ele admira muito meu trabalho, como ele admira de várias outras cantoras, também. Foi no meio da madrugada e eu pensei, ‘tá doido’, né? No momento eu falei, ‘é claro, vai lá’. Eu achei que depois ele ia esquecer, que era só uma ideia passageira. Menino, ele não esqueceu, seguiu fazendo”, relembrou.

“Eu respeito real o trabalho. Se ele decidiu fazer, o problema é dele. Na verdade, no nosso país, não existe uma lei para que o artista tenha que autorizar para escrever sobre. Tem até um livro meu aí que circula que eu nem sei qual é o autor, que também fala da minha vida. Também não ganho nada com isso, também não tive que autorizar, porque não existe essa lei. Se você aí que está assistindo quiser escrever um livro sobre mim, pode escrever, não tem problema nenhum”, continua.

Para Anitta, permitir que pessoas próximas participassem do processo de criação foi uma maneira de tentar que a situação seja contornada da melhor maneira. “Todos vocês sabem que eu cuido da minha carreira e cuido do próprio produto, que no caso sou eu mesma. Eu sou, sim, super estrategista e marqueteira, planejo várias maneiras de me sair melhor das situações. É assim o trabalho de qualquer profissional. […] Isso é muito natural. Quando ele me disse que tava decidido sobre a biografia e começou a fuçar coisas da minha vida – ele descobre, sim, eu fico chocada. São pessoas que mandam, aleatoriamente, ele não paga ninguém. O que eu pensei? A melhor situação de todas é que eu permita que as pessoas que saibam da minha história, também falem com ele. Toda história tem dois lados da moeda, tem o lado de todas as pessoas que viveram aquela história. Então, eu decidi por mim mesma, que eu permitiria. Essas pessoas me respeitam muito. Se eu falasse pra não falarem com ele, eles não falariam. Mas estrategicamente falando, é muito melhor que ele tenha o meu lado, independente de ser bom ou ruim. De todas as pessoas me questionaram sobre isso, eu disse: ‘você fala o que quiser. Contanto que seja verdade, eu não me importo’. Acho que na vida de todo mundo aconteceu coisa vida e coisa ruim”, explica.

“Eu escolhi ser cantora, eu não tenho medo de exposição. Eu ainda não li, ele é tão engraçadinho que me deu de presente de aniversário a biografia. Ele criou um caos e me deu de presente. Está na minha mala. Algumas partes eu tinha visto, porque eu pedi pra ele pra dar a minha versão das coisas. […] Eu jamais vou mentir que não falei sobre ele com isso, falei sim, eu sou estratégica, eu planejo minha carreira. Então, eu pensei no melhor que poderia ser feito dentro da situação. Tá tudo certo”.

O livro fala de polêmicas, incluindo o processo que correu por anos com sua ex-empresária, Kamilla Fialho. Apontada no livro como uma inimiga, curiosamente ela foi convidada da festa de aniversário da Anitta que aconteceu na quinta-feira (29). Ela explicou essa decisão.

“Um trecho que eu li, que eu fiquei meio estranha, que fala com a relação da família, questão que eu já resolvi. São coisas que, realmente, eu já passei a borracha. Eu amo passar a borracha nas coisas. […] E aí entra a situação da minha ex-empresária e o pessoal da Furacão. Eu nunca deixei de falar com a Priscila Nocetti, da Furacão, ela era uma fã assumida, desde a época que eu tava lá. Nunca deixei de falar, embora tivessem os problemas e rolaram briguinhas, que acontece e depois resolve. […] Foi até um pouco difícil explicar pra minha família a decisão que eu tinha tomado de convidar minha ex-empresária para a festa, porque eu queria muito mostrar que as coisas acontecem. Realmente foi um momento muito triste da minha vida, pesado, eu me senti muito mal, eu acho realmente que foi a fase mais difícil da minha vida. Mas resolveu. Eu acho que a gente tem que ser assim, não podemos ficar levando as coisas que fizeram mal pra gente, até quantos anos? A gente vai ficar criando um negócio aqui dentro. Eu não gosto”, afirma.

“Tem coisas que eu não consegui passar por cima, mas tem coisas que eu consegui. Eu gosto de passar essa mensagem. E eu sou bem cartas na mesa. Quando convidei a empresária, eu fui sincera… Eu falei, olha, ‘aconteceu, sim’, mas eu gostaria de passar uma borracha para que as pessoas entendam que dá pra superar, as pessoas não precisam estar em guerra. Essa é a minha vontade, dentro, eu tenho essa coisa”, disse, emocionada.

“Esse caso acaba sendo público, mas existe outras situações da minha vida onde a borracha aconteceu e as pessooas estavam no meu aniversário. Isso acontece quando eu vejo que é uma coisa clara, de ambos os lados. Eu não gosto é quando se finge como se nada tivesse acontecido”, explica.

“Isso não significa que eu vou ser amiga, só não torço contra ninguém. Na verdade, eu também queria chamar a artista dela, a MC Rebecca, que é muito gata, e eu convidei. E ela veio com a Kamilla e tá tudo certo”.

A cantora finaliza dizendo que ainda não leu o livro todo, mas achou que está condizente com a verdade. “Os poucos pedaços que eu vi, estão bem coerentes com a realidade. Mas o que eu quero mostrar, é que às vezes a gente precisa dar um pontapé inicial de mostrar a verdade. Um dia após o outro”, completa.