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Análise da RIAA aponta as mudanças da indústria musical nos últimos 40 anos; confira

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Nos últimos anos, serviços de streaming revolucionaram a maneira como ouvimos música.

De acordo com números recentes publicados pela Recording Industry Association of America (RIAA), o streaming, com suporte de anúncios e com base em assinaturas, representou 80% da receita da indústria da música nos EUA no ano passado, acima dos 10% em 2010.

Em US$ 5,9 bilhões, as assinaturas pagas representaram a maior parte da receita de streaming em 2019, que totalizou US$ 8,8 bilhões.

Para colocar isso em perspectiva, todas as vendas físicas de música juntas somaram apenas US$ 1,1 bilhão no ano passado, com downloads adicionando outros US$ 856 milhões ao total da indústria musical de US$ 11,1 bilhões.

Curiosamente, a revolução do streaming não foi a primeira mudança completa no consumo de música nos últimos 40 anos.

Como o gráfico a seguir, com base em números históricos da RIAA, shows, discos de vinil, cassetes, CDs e downloads, foram todos a forma predominante de consumo de música em algum momento nas últimas três décadas, com o reinado do CD particularmente longo e lucrativo para o público. 

 

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Foto: Análise da RIAA de 40 anos da Indústria musical, gráfico da Statista e revisado pelo Mundo da Música.

 

A receita da música ajustada à inflação atingiu o pico em 1999 em US$ 22,4 bilhões, numa época em que o CD também estava no auge.

Nesse ano, as vendas de CD somaram US$ 20 bilhões, mais que o dobro da receita total da indústria fonográfica em 2018.

Depois de atingir um ponto baixo em 2014, a indústria da música começou a se recuperar: graças ao aumento acentuado nas assinaturas de streaming, 2019 marcou o quinto ano consecutivo de receitas crescentes de música.

As vendas de música nos EUA estão agora no mesmo nível de quando o gráfico começou em 1980, com US$ 11 bilhões.

Essa é a metade da quantia de quando a indústria estava no auge em 1999-2000. A razão é que o preço dos CDs durante essa época era relativamente alto, um CD equivalia, em termos proporcionais, a uma assinatura mensal de uma plataforma digital.

Além disso, os CDs do catálogo voavam das prateleiras, enquanto os consumidores faziam fila para substituir suas coleções de vinil por novos discos de plástico (que não parece uma ótima idéia agora).

O ponto baixo realmente chegou em 2014, quando a indústria lutou com apenas US$ 7,2 bilhões em receita, abaixo de 1/3 do que estava no auge.

Na verdade, havia um período de quatro anos a partir de 2010 em que a receita era aproximadamente a mesma, de modo que os executivos de todo o mundo buscavam entender o que a indústria musical havia tornado.

Essa foi a era dos downloads, que alguns relembram com nostalgia por causa do preço de US$ 0,99, ou até mesmo, gratuitos em vários casos, com a disseminação da pirataria.

Em 2015, o streaming acelerou o ritmo, pois as vendas de música nos EUA começaram a crescer exponencialmente.

Uma coisa a se notar é que, no auge da moda das fitas cassetes em 1982, as vendas totais de músicas caíram para menos de US$ 10 bilhões.

Isso mostra que a indústria musical nem sempre é previsível, mas, que continua em constante mudança.

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