Depois de assistir ao show da Rihanna no Rock In Rio 2015 tive a sensação de que fui a única entre minha roda de amigos, conhecidos e até do trabalho que efetivamente curtiu o show. Era reclamação sobre o tempo de duração, sobre as músicas picotadas, a falta de troca de figurino, arranjos diferentes, iluminação dramática demais… pois eu não achei defeitos. Sério mesmo!
Claro que uma hora e 10 minutos de show é pouco, principalmente depois de uma ausência de quatro anos e apenas uma apresentação marcada no país, mas a minha sensação é que durou muito mais. Se para alguns a experiência foi curta, para mim foi até alongada. Não sei se essa foi a minha impressão por estar assistindo de casa e longe dos perrengues para chegar na Cidade do Rock – que eu tenho absoluta certeza que foram muito maiores do que em anos anteriores vide as obras da Cidade Olímpica no caminho do festival. Outra: já assisti a shows de 1h20 e não vi nenhum ser apontando isso como se fosse o fim do mundo.
Não sei onde também onde está assinado que cantora pop tem que fazer troca de figurino. É legal, dá um ar teatral para a turnê, mas não vejo a falta como ponto negativo. Segurar um show inteiro sem sair do palco não é para qualquer um e Rihanna tem cacife para isso.
O que mais? A iluminação? Achei bem diferente! Dramática sim, avermelhada e azulada com poucos momentos de “claridão”, mas acho que condiz muito com o que ela tenta apresentar de uns tempos para cá. Sobre os arranjos, principalmente em “We Found Love”, eu também não tenho do que me queixar. Gosto das transformações das músicas e deve ser incrivelmente chato cantar a mesma coisa, do mesmo jeito, o tempo todo. “We Found Love” é uma daquelas canções que nunca sairão do repertório da Rihanna e curti a transformação com um estilo de riff de guitarra bem usado por bandas de rock and roll.
E chegamos no principal argumento: o picote no setlist. Eu, Amanda, particularmente, prefiro um show com 20 músicas e as principais inteiras + mash ups do que 10 canções hits super já batidas e um show arrastado. Achei que a ideia deu um dinamismo pro show e Rihanna acabou me surpreendendo cantando novamente faixas como “Unfaithful” e outras que eu nunca esperava assistir como as minhas favoritas dos álbuns “Talk That Talk” e “Rated R” – “Talk That Talk” e “Cold Case Love”.
Rihanna se mostrou para mim bem diferente do show de 2011 e do March Madness trágico no início do ano. Visivelmente sim (mais) sóbria, consciente do que estava fazendo, com coreografia afinada com dançarinos (sinal de que se dedicou a ensaios para que saísse tudo certo). Me parecia mais envolvida na experiência.
No final, a sensação que tive é que assisti a um show totalmente diferente da maioria. Só espero não ter sido a única!