Amanda Faia

Amanda Faia: o 1º ano do “1989” e o furacão Taylor Swift

Cantora é uma força da indústria e independente de gosto musical, precisa ter seu talento reconhecido.

Sempre gosto de enfatizar em todas as conversas que tenho sobre música em geral é que dá para reconhecer o talento de alguém sem precisar gostar efetivamente do som ou da proposta do artista. É uma questão de separar a emoção da razão na hora de avaliar um produto. Claro que abafar o lado passional requer um tipo de maturidade, mas após conquistada esta etapa ouvir música se torna algo muito mais livre. Todos deviam tentar.

Por que digo isso? Porque já prevejo alguns comentários nesta coluna após as linhas a seguir. Neste 27 de outubro, Taylor Swift comemora um ano do lançamento do disco “1989” – definitivamente um marco em sua carreira.

É bem verdade que desde que lançada como a queridinha do country americano, Taylor soma prêmios, fãs e respeito de pessoas da indústria, mas o “1989” foi auge do reconhecimento do poder de Taylor independente do gênero que ela se propõe a fazer.

Até Adele retornar ao mundo da música com “Hello”, 2015 foi apenas de Taylor. E aqui não cabe comparação porque são artistas completamente diferentes e, sendo assim, cabe espaço para ambas e não precisa se exaltar toda vez que alguém afirma que 2015 foi o ano de Swift porque é a mais pura verdade.

Em um mundo com a música cada vez mais descartável (basta apertar um ‘delete’ que o som se despede da sua vida), Taylor provou novamente seu poder de venda desde ao conquistar novamente platina na semana de lançamento, ao ajudar a ressurgir das cinzas a empresa Polaroid, ao bater de frente com Apple e proibir streaming do seu disco em outras plataformas digitais. Todos estes aspectos já foram debatidos a exaustão e se há um ponto em comum em quase todas as análises é que poucos artistas podem deixar de lado manobras hoje já aceitas como comuns – streamings contam para as paradas de álbuns dos Estados Unidos em forma de equivalência e ajuda o disco a subir nos rankings.

Então é só ligar os pontos sem drama: vender o que ela vende sem equivalência de streamings já é, por si só, um efeito enorme!

Em 2015, Taylor mandou um f***-** para quem a queria presa a um gênero [incluindo sua gravadora] e novamente quebrou recordes, está há 52 semanas entres os discos mais vendidos dos EUA e comanda uma turnê milionária. Se há um “argumento” que precisa cair por terra de vez é que a moça é “sem sal”. Esperta (muito, mais do que você imagina), Taylor já avisou que vai tirar férias assim que a promoção do disco “1989” terminar para “descansar a imagem”. Afinal, o nome de Taylor se envolveu em assuntos de tabloides este ano mais do que em todos os anos anteriores de sua carreira. Sempre enigmática em suas letras, Taylor deixa correr solta a mídia espontânea toda vez que abre a boca com declarações ambíguas.

De novo: independente do seu gosto musical é necessário reconhecer que ela é uma força e talentosa o suficiente para fazer o que quiser da carreira. 2015 foi a prova cabal! Ela vai ficar por aí por muito tempo você goste ou não, fazendo pop ou country ou qualquer outro gênero que quiser, batendo de frente com magnatas da indústria, com ou sem boleto.

É necessário aceitar e ponto.

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