MVP, lean, market fit, hurdle rate, pivotagem, KPI, aporte, bootstrapping, escalabilidade.
Talvez você não esteja bem familiarizado com estes termos, mas, se empreende no mercado de música, eles já até fazem parte de sua rotina.
Primeiro porque você, provavelmente, teve de criar uma versão simplificada do seu negócio (mínimo produto viável, na sigla em inglês MVP) para aprender sobre o cliente com agilidade, baixo custo e mínimo desperdício (lean).
Depois porque deve ter buscado adequações com o mercado (market fit) e lutado para garantir uma taxa mínima de retorno do investimento e a tão desejada viabilidade do negócio (hurdle rate).
Pode ser ainda que você tenha redesenhado seu modelo de negócio (pivotagem) ao reavaliar aspectos “chave” na performance do seu empreendimento (key performance indicator – KPI).
Assim aconteceu com a Superplayer, startup que migrou de repositório de músicas para um modelo de curadoria de playlists.
Hoje, com o investimento (aporte) da Movile (dona da iFood), também desenvolve projetos musicais especiais para marcas como Bradesco, SBT, Azul.
Podemos citar também a daleGig, plataforma de gestão de turnês, que na banca de pitches da SIM São Paulo 2018 ainda chamava 2DL.
Novo nome e adaptações do modelo de negócio trouxeram a classificação em primeiro lugar no Startup SP (programa de startups digitais do Sebrae) e espaço na Estação Hack SP, centro de inovação do Facebook.
E o que dizer sobre a KondZilla? Saiu dos recursos próprios do seu fundador (bootstrapping) às frutíferas parcerias com gigantes como Universal Music Publishing Group e Netflix para ganhar o mundo (olha a escalabilidade aí).
Mapa dos Festivais, Brev, Sling, Smartrights e Bee My Ears são outros exemplos inspiradores do ecossistema brasileiro de startups de música.
E o que mais pode vir por aí?
Quem sabe não é a sua própria startup?!
Tá certo que empreender no Brasil não é uma tarefa fácil… ainda mais no tão “atacado e perseguido” atual segmento das artes.
Mas a boa notícia é que existem um montão de iniciativas que podem te ajudar a começar.
Eu mesma, depois de muitos tropeços, estou encontrando um caminho que me motiva muito.
Talvez a melhor coisa que eu tenha feito – se é que eu posso dar um conselho – foi me libertar de todos esses clichês, jargões e réguas de sucesso que tentam vender pra gente (acorde às 5 da manhã, leia o livro que te transforma numa pessoa foda, seja positivo sempre, trabalhe enquanto os outros descansam, faça todos os cursos possíveis das ferramentas tecnológicas).
Focar em coisas mais simples como: um café e uma conversa pra trocar ideia com gente com quem posso aprender/trocar insights, participar de coletivos, frequentar eventos e participar de programas de mentoria com profissionais mais experientes que eu… são escolhas que estão me permitindo construir a minha própria narrativa, economizar uma grana, descobrir novas possibilidades e me conectar de forma genuína com pessoas e propósitos próximos aos meus.
E você? O que te faz bem? Quais são os seus caminhos e suas escolhas?
Quem sabe um dia desses a gente não toma um café por aí pra trocar essas ideias?
Inclusive, sabia que tem um aplicativo que chama Beer or Coffee que funciona justamente pra marcar um cafézinho ou cerveja com profissionais com os quais você queira trocar ideias e criar parcerias?
Minha nossa!!! Chega de escrever que o texto tá ficando muito grande.
Qualquer coisa me chama nesse app, ou no LinkedIn, ou no Instagram, ou vem nesse evento aqui: Techstars Startup Weekend que estou organizando e que é justamente pra ajudar empreendedores como eu e você, a transformarem suas ideias em negócios viáveis e escaláveis…
Quem sabe a gente não cria uma startup junto! 😉
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