Na última semana, Anitta exaltou sua religião, o candomblé, no clipe de “Aceita”. A ideia foi criticada nas redes sociais e a cantora acabou sendo vítima de intolerância religiosa, perdendo mais de 200 mil seguidores. No entanto, outros artistas já se influenciaram a partir da religião de matriz africana.
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O candomblé, assim como outras religiões de matriz africana, são recorrentes dentro do trabalho de diversos artistas por conta da aplitude de referências a partir de uma histórica rica e aprofundada. Beyoncé, por exemplo, falou sobre alguns orixás em “Black Parade”.
No entanto, nem todos artistas sentem-se abertos para expor suas crenças dentro dos seus trabalhos. Afinal, expor essas religiões acaba rendendo excessivos casos de intolerância e o racismo religioso. Por isso, adotar esse tipo de posicionamento é um ato de coragem e, sobretudo, esperança em um mundo onde o respeito prevaleça.
Os números, infelizmente, não mentem. Em 2023, o Brasil registrou 2.124 violações de direitos humanos relacionadas à intolerância religiosa durante os 12 meses. O número foi compartilhado pelo “Disque 100 – Disque Direitos Humanos” e expõe um aumento de mais de 80% ao ano anterior.
Anitta, mesmo que não esconda sua religião, trouxe o assunto pela primeira vez para o seu trabalho em “Aceita”. Esse posicionamento é de grande importância, mesmo com a queda nos números nas redes sociais. Afinal, a cantora pôde confrontar um público que se coloca como “tradicional” e “moral”, mas usa o discurso para esconder racismo e intolerância.
Por outro lado, nomes como MC Tha, Carlinhos Brown e Margareth Menezes são exemplos de artistas em que a crença é intrínseca aos seus trabalhos na música. Essa relação é extensa e não se resume apenas às referências estéticas específicas da religião, mas sim em todos os detalhes, desde composições, melodias, instrumentos utilizados em suas músicas.
Por isso, o POPline separou uma lista de artistas que, assim como Anitta, abordaram o candomblé em seus trabalhos. Em alguns, é possível ver os rituais comuns da religião de forma clara, oi que acaba “chocando” mais e, consequentemente, tornando mais vulnerável para possíveis ataques. Enquanto isso, outros exibem trabalhos onde a influência surge de forma mais singela. Confira!
MC Tha – Rito de Passá
Xenia França – Pra Que me Chamas?
Mariene de Castro – Ponto De Nanã
Daniela Mercury – Ilê Pérola Negra
Luedji Luna – Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água (Álbum visual)
Otto – Janaína
BaianaSystem e NacaoZumbi – Alfazema
Larissa Luz – Gira