A gravadora Deck disponibilizou, nesta sexta-feira (23), nos aplicativos de música os álbuns de Elza Soares lançados originalmente pela gravadora Tapecar, nos anos 70, que estavam fora de catálogo. “Elza Soares”, “Nos Braços do Samba”, “Lição de Vida”, “Pilão + Raça = Elza” e “Grandes Sucessos de Elza Soares”, chegaram às plataformas de streaming hoje – data escolhida pela própria Elza, devota de São Jorge.
Em “Elza Soares” (1974), a cantora gravou músicas inéditas incluindo uma de sua própria autoria “Louvei Maria” e “Deusa do Rio Niger” (Walter Norambê), uma referência a Iansã. “Nos Braços do Samba” (1975) traz o registro de “Saudade Minha Inimiga” (Nelson Cavaquinho/ Guilherme de Brito) e “Quem É Bom Já Nasce Feito” (Lino Roberto/ Wilson Medeiros).
No álbum “Lição de Vida” (1976) Elza Soares lançou Jorge Aragão, de quem gravou “Malandro” (Jorge Aragão/ Jotabê) e também registrou uma canção de Dona Ivone Lara “Samba, Minha Raiz” (Delcio Carvalho/ Yvonne Lara). A faixa “Curumbandê” era expressão legítima dos ritmos africanos, também evidenciada em “Rainha dos Sete Mares”, uma homenagem ao orixá Iemanjá.
Elza Soares lançou “Pilão + Raça = Elza” (1977) acompanhada de excelentes músicos como Gilson Peranzzetta, Paschoal Perrota, Rildo Hora, Golden Boys e as Gatas no coro. O disco traz três músicas de sua autoria: “Perdão, Vila Isabel”, “Língua de Pilão” e “Enredo de Pirraça”, que entrou na trilha sonora da novela “O Astro”.
A Tapecar ainda lançou a coletânea “Grandes Sucessos de Elza Soares” (1978), que incluía o hit “Salve a Mocidade” (Luís Reis), antes só encontrado em compacto.
Em tempo…
Sempre atual, aos 90 anos, Elza lançou o clipe da música “A coisa tá preta” ao lado de Mc Rebecca. Composição de Umberto Tavares e Jefferson Junior, dois grandes nomes da música nacional, a música fala abertamente do cotidiano do cidadão preto aqui no Brasil, levantando situações e questões que muitas vezes o resto da sociedade prefere fingir que não vê. Confira: