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Fui ao show do Akon e descobri que ele tem um irmão dublê: posso processá-lo?

Akon e o irmão, Abou 'Bu' Thiam: qual deles será que os fãs já viram no palco? Fotos: Twitter

Caso você seja fã ou um grande admirador do Akon e já o assistiu em alguma de suas passagens pelo Brasil, talvez deva se questionar… Será que você realmente viu um show do cantor ou era seu irmão dublê? Em recente entrevista, o artista confirmou especulações antigas de que colocava o irmão, Abou ‘Bu’ Thiam, para substituí-lo em alguns compromissos profissionais.

A última vez do artista no Brasil foi em 2019, no Onmusic Festival, em São Paulo. Foto: Twitter

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Após o rapper T-Pain fazer um comentário sobre o assunto em uma live no início do ano, Akon acabou admitindo publicamente pela primeira vez a respeito da inversão de papéis que ele e o irmão faziam.

Em entrevista ao “The Morning Hustle”, ele contou que ‘Bu’, que de fato tem uma aparência bem semelhante a de Akon, realmente ficava de stand-by em alguns de seus shows. Porém, quando a agenda do artista passou a ficar mais extensa, ele colocava o irmão em seu lugar, sem que o público percebesse.

De acordo com ele, a única forma de diferenciá-los era através da vestimenta, uma vez que ‘Bu’ costumava usar chapéus, o que não fazia muito o estilo de Akon.

A partir dessas revelações, aqueles que já assistiram Akon ao vivo podem se fazer o seguinte questionamento: “será que em cima do palco vi o Akon ou seu irmão?”. Obviamente, não deve ser nada confortável para um fã tomar ciência de que fora ‘enganado’ pelo próprio ídolo.

Mas como proceder? E se o fã tomar a decisão de processar o artista? Quais poderiam ser os desdobramentos disso? Para sanar algumas dúvidas, falamos com Thiago Carregal, advogado especialista em Direito do Consumidor. Ao POPline, ele afirmou que a situação seria passível de processo, uma vez que se enquadraria como propaganda enganosa.

A todo momento os organizadores estariam vendendo o show de uma pessoa. Eles anunciam a venda do show do cantor Akon, do produto Akon. A partir do momento que ele [Akon] diz que poderia não ser ele [cantando no show], abre-se margem para a dúvida“, ressaltou Thiago, expondo que, neste caso, poderia ter havido uma ludibriação ao consumidor, que possui margem para se sentir lesado pelo ocorrido.

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O advogado explica que o mesmo vale para encontros pagos entre o artista e seus fãs, o chamado meet & greet. Carregal afirma que, pelo benefício da dúvida, o consumidor poderia ingressar em juízo e pedir a devolução do valor. “O benefício da dúvida gera a possibilidade de o consumidor se sentir enganado”, conclui.

Mas antes de você pensar em processar o cantor…

É importante ressaltar que a fala do cantor na entrevista ao “The Morning Hustle” dá margem à diversas interpretações.

Portanto, antes de processar Akon ou a empresa responsável pelos shows no Brasil, é preciso saber que o próprio astro se defendeu ao dizer que, apesar de ter o irmão ali como stand-by, era ele mesmo quem subia ao palco para interpretar seus sucessos. Logo, é recomendável avaliar a situação com muita calma.

A última vinda do artista ao Brasil foi há exatamente três anos, em 26 de outubro de 2019. À época, ele foi uma das atrações do Onmusic Festival, realizado no Estádio do Canindé, em São Paulo.

Veja alguns registros de sua passagem por aqui:

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