O filme cotado ao Oscar “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, estreará em 17 de janeiro nos cinemas de Nova York e de Los Angeles. A Sony Pictures Classics, distribuidora do longa-metragem, fez o anúncio nesta terça (12/11).
O longa-metragem também terá exibições em circuito limitado nos Estados Unidos neste mês – um critério de elegibilidade para o Oscar 2025. Além disso, ele vem sendo apresentado em diversos festivais norte-americanos, para que o máximo possível de membros votantes da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas se interesse em assisti-lo.
Leia mais:
- Qual livro inspirou o filme “Ainda Estou Aqui”, cotado ao Oscar?
- “Ainda Estou Aqui”: os 5 principais concorrentes do Brasil na corrida pelo Oscar
- Fernanda Torres não foi a primeira opção para “Ainda Estou Aqui”: descubra quem era
- 4 filmes brasileiros indicados ao Oscar de melhor filme internacional
Fora do Brasil, “Ainda Estou Aqui” é chamado de “I’m Still Here”. Desde sua primeira exibição, no Festival de Veneza, onde ganhou o prêmio de melhor roteiro, o longa-metragem acumula boas críticas internacionais. O filme está com 91% de aprovação no Rotten Tomatoes – uma taxa ótima – e aparece nas principais listas de apostas para o Oscar.
O filme é protagonizado por Fernanda Torres, no papel de Eunice Paiva, a mulher que lutou por respostas por 40 anos para saber o que ocorreu com seu marido, o deputado Rubens Paiva (papel de Selton Mello). Ele foi preso, torturado e assassinado pelos militares durante a ditadura, e a explicação só veio com a Comissão da Verdade.
“Ainda Estou Aqui”: Walter Salles dá detalhes da campanha pelo Oscar 2025
Presente em todas as listas de apostas para o Oscar 2025, o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” já iniciou sua campanha com a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. O objetivo agora é fazer com que o máximo de membros votantes do Oscar entre em contato e assista ao longa-metragem de Walter Salles.
O diretor, que já concorreu ao Oscar em 1999 com “Central do Brasil”, diz que a campanha de “Ainda Estou Aqui” começou no Festival de Veneza, onde o roteiro do filme foi premiado. “Mais da metade dos votantes hoje não moram naquele trecho estreito entre Nova York e Los Angeles. Antigamente, para olhar para essa premiação, o filme tinha que ser visto ali. Hoje, essa verdade foi completamente reconfigurada”, explicou em coletiva de imprensa na Mostra de São Paulo.
A protagonista Fernanda Torres, também cotada para uma indicação, encara a expectativa com parcimônia. “O filme já é um acontecimento para a gente. Ele já está no mundo, já é uma porta de entrada para o mundo. O Oscar é muito importante por várias questões, mas ele também não é a medida de tudo, sabe?”, diz a artista. Mas ela admite: