O Coletivo Afrobapho lança nesta segunda-feira (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, o “AFROBAPHOLab: Bahia is Burning“, um grande laboratório digital de artes integradas, composto por rodas de diálogos, imersões artísticas e pocket shows. Com o objetivo de visibilizar as produções de artistas independentes de Salvador, o evento acontece de 13 a 15 de agosto, no YouTube, e conta com o patrocínio do Natura Musical.
“Este projeto, assim como os demais selecionados pelo edital Natura Musical, tem a potência de gerar impacto positivo no ecossistema onde está inserido. Isso se traduz em ações de inclusão, sustentabilidade, apoio à diversidade e educação. São pilares fundamentais para as mudanças que desejamos vivenciar no mundo”, afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding da Natura.
Serão três dias de atividades que conectam artistas independentes, música, dança e performances, numa programação com apresentações musicais de artistas como Ventura Profana, Nêssa, Maya, DICERQUEIRA, entre outros. Além do lançamento de uma plataforma digital com mais de 200 artistas negros LGBTIA+ do Nordeste, mapeados e cadastrados, e uma websérie com 5 episódios, narrando a relação do coletivo com o ARTvismo.
“Estou muito feliz com o acontecimento desse projeto que será marcado como a primeira produção de grande porte do Afrobapho, que apresenta uma história de construção de novas narrativas criativas para visibilizar corpos dissidentes nas produções culturais e artísticas independentes”, conta Alan Costa, fundador do coletivo.
Sobre o Coletivo AfroBapho
O Afrobapho é um coletivo baiano formado por jovens negros LGBTIA+ das periferias de Salvador, que utilizam as artes integradas como ferramenta de mobilização e sensibilização social. Surgiu em novembro de 2015, como uma plataforma de ação coletiva que produz narrativas criativas para falar sobre questões sociais e direitos humanos.
Através da dança, música, produções audiovisuais e performances artísticas, aborda numa perspectiva antirracista, questões de estética, dissidências de sexualidade e gênero, que confrontam o padrão heteronormativo da sociedade. O Afrobapho é uma narrativa potente que se manifesta através de corpos dissidentes, que por muitas vezes foram excluídos, violentados e silenciados.