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Adele estampa capa da revista Vanity Fair e revela depressão pós-parto

“Adele, rainha dos corações” – assim a revista americana Vanity Fair se refere à cantora britânica, que estampa a capa de sua nova edição. Adele posou para um ensaio fotográfico exclusivo, clicado por Tom Munro, e concedeu uma entrevista “crua, verdadeira e divertida”, nas palavras da publicação.

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Ela falou abertamente, por exemplo, sobre sua relação com a maternidade. “Na verdade, acho que a coisa mais corajosa é não ter filhos. Todas minhas amigas e eu nos sentimos pressionadas a ter filhos, porque é o que adultos fazem. Amo meu filho mais do que qualquer coisa, mas, na rotina, se eu tenho um ou dois minutos livres, gostaria de poder fazer o que eu quisesse. Sinto-me assim diariamente”, declarou. Ela não pensa em mais filhos. Seu namorado-marido, Simon, já tem uma filha de outro relacionamento, então ela sente que o filho Angelo já está bem acompanhado. “Isso me deu um passe livre. Eu tenho muito medo. Eu realmente tive depressão pós-parto, e isso me assustou. Não, não tomei antidepressivos, mas também não falei sobre isso para ninguém. Estava muito relutante. Meu namorado dizia que eu devia falar com outras mulheres grávidas e eu respondia ‘dane-se, não vou sair com um bando de mamães’. Então, sem perceber, eu estava lá em direção às grávidas e às mulheres com bebês, porque descobri que são mais pacientes”.

Depois que o filho nasceu, Adele sentiu que os amigos que não eram pais e mães poderiam se entediar com ela. Seu assunto era Angelo, então quem estava no mesmo barco acabou fazendo mais sentido. “Meus amigos com filhos não julgam uns aos outros. Um dia, eu disse para uma amiga ‘eu odeio isso demais’, e ela começou a chorar falando ‘eu também odeio muito’. E foi isso. Meu conhecimento de depressão pós-parto ou pós-natal, como chamamos na Inglaterra, é que você não quer ficar com seu filho, você tem medo de machucá-lo, medo de não fazer direito. Mas eu estava obcecada pelo meu filho. Eu me sentia muito inadequada. Eu sentia que tinha tomado a pior decisão da minha vida, em vários termos. Um dia, falei ‘vou me dar uma tarde qualquer para fazer o que eu quiser sem meu bebê’. Um amigo me disse ‘sério? Não vai se sentir mal?’. Eu falei que sim, mas não tão mal quanto se eu não fizesse isso. Quatro amigas se sentiam da mesma maneira, e todas se sentiram envergonhadas de falar sobre isso. Tinham medo que pensassem que eram mães ruins”.

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