Se tem alguém que sabe como é representar a bandeira LGBTQ+ no mundo da música, esse é Adam Lambert. Assim que foi vice-campeão do reality show “American Idol” em 2009, ele se assumiu como gay. Seu visual sempre foi diferente, usando maquiagens e abusando do glamour. Mesmo se identificando como homem, ele entende a questão não-binariedade, como Sam Smith se assumiu recentemente.
Sam Smith já era homossexual assumido, mas agora não quer ser tratado nem como homem, nem como mulher. Ele está além dessas convenções.
Para Adam Lambert, Sam fez algo realmente importante para a sociedade. “A mídia ama algo que parece novo e há dez anos – na América de qualquer maneira – não havia muitas pessoas da música mainstream se identificando como gays, então era uma novidade, e eu sinto que pode haver alguns paralelos por aí”, explicou ele, lembrando da época que ele se assumiu. “No nível pessoal, estou muito feliz por Sam, porque encontrou sua verdade e está se sentindo livre por isso”, comenta.
“Em algum momento, é preciso romper as barreiras e discutir questões trans ou não-binárias e tenho muito orgulho de Sam”, continuou Lambert. “Sam está realmente fazendo uma coisa ousada”, completa ele ao NME.
Em entrevista à Attittude, Sam falou como foi essa experiência de auto-descoberta. “Quando fiz meu primeiro álbum, eu não era ninguém e me senti livre para ser quem quer que eu quisesse expressar, mas o álbum seguinte foi diferente”, disse Sam. “Não queria decepcionar meus fãs, minha gravadora ou minha família. Mas o mais importante é agradar a mim”.
“A cada dia que passava, lenta e seguramente, meus trajes começaram a parecer camisa de força e minha cabeça começou a parecer cada vez mais uma prisão”, acrescentou. “Era hora de me libertar mais uma vez”
“Levantei-me e pensei: Foda-se. Está na hora. Não me importo se nunca vender outro disco. Não posso mais fazer isso. Sinto falta de me sentir completamente livre para ser eu”, explica Sam.