O ator Adam Driver está no Festival de Veneza divulgando o filme “Ferrari”, e aproveitou para tecer críticas às gigantes do streaming, como Netflix e Prime Video (da Amazon). Por desinteresse dessas empresas em negociarem com o sindicato de atores, SAG-AFTRA, Hollywood está parada, em greve.
“Por que é que companhias de distribuição menores, como a Neon e STX International, conseguem atender às demandas do SAG, que os grandes estúdios chamam de ‘utópicas’, mas uma companhia grande como a Netflix e a Amazon não conseguem?”, provocou Adam Driver em entrevista coletiva.
Ele está em Veneza graças a uma liberação provisória do SAG-AFTRA para promover “Ferrari”, já que o filme não foi produzido por nenhum dos produtores que são alvo da greve. Como se sabe, os atores filiados ao SAG-AFTRA não estão gravando, fazendo testes, negociando contratos ou promovendo qualquer obra audiovisual desde julho. A exceção fica para essas produções independentes.
“Toda vez que algum ator filiado ao SAG vai a um evento e promove o filme de uma empresa que assinou os termos do sindicato, fica mais óbvio que essas empresas estão dispostas a apoiar verdadeiramente os artistas com os quais colaboram, enquanto as outras empresas não estão”, explicou Adam Driver.
O filme “Ferrari”
“Ferrari” conta a história do empreendedor italiano Enzo Ferrari, que fez seu nome na indústria de carros esportivos. Adam Driver é o protagonista, e o elenco conta com grandes nomes, como Penélope Cruz, Shailene Woodley, Patrick Dempsey e até o brasileiro Gabriel Leone, no papel do piloto Alfonso De Portago.
O filme tem roteiro e direção de Michael Mann, cineasta indicado ao Oscar por “O Informante” (1999) e “O Aviador” (2004). Depois de Veneza, “Ferrari” também será apresentado no New York Film Festival, em outubro, antes de chegar aos cinemas em dezembro.