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“A vida privada e o retorno triunfante de Adele”: cantora é capa da Rolling Stone

Com a volta da Adele ao mundo da música, a cantora ganhou uma reportagem de capa na revista americana Rolling Stone. Na foto, ela aparece de cabelo molhado, sem maquiagem e enrolada em um roupão, como que saída do banho, bem natural. “Minha carreira não é minha vida. É meu hobby”, ela explica os longos anos ausentes, após vender 31 milhões de cópias do álbum “21”. “Quando eu não tenho nada a dizer, eu prefiro não falar”.

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Dirigindo seu próprio carro na Inglaterra, ela pergunta ao repórter o que está bombando no mundo da música atualmente. Ela está totalmente por fora. “É sério, perdi o tato com a música. Não, tipo, todas as músicas, mas sinto que não sei o que está acontecendo nas paradas e na cultura popular”. Na entrevista, por exemplo, ela não cita o nome da Taylor Swift, o que realmente mostra que está por fora. Ela diz que gosta de FKA Twigs, Alabama Shakes e Kanye West. “Eu estou esperando pra caramba pelo álbum do Frank Ocean! Está demorando demais, caramba!”. Ela dá uma pausa, ao perceber o que está falando. “Isso soa muito estúpido, vindo de mim, não é?”.

O “25”, anunciado para o próximo dia 20, demorou muito tempo para ficar pronto. Toda a atenção recebida pelo single “Hello”, que vendeu 1,1 milhão de cópias em uma semana só nos Estados Unidos, comprova a ansiedade e expectativa do público. Adele admite que também tem a impressão que o disco está pelo menos um ano atrasado. Ela sabe que vai ouvir muito: “por que o disco se chama 25 se você não tem 25?”. Ela está com 27 desde maio. Mas é que o processo foi demorado. “Hello” levou seis meses para ser finalizada, entre a composição e a definição do refrão. A letra não é mais sobre aquele carinha que quebrou o coração dela. “Se eu ainda estivesse escrevendo sobre ele, seria terrível! ‘Hello’ é sobre reunir meus pedaços e me reconectar comigo mesma. [Hello from the other side] Soa um pouco mórbido, como se eu estivesse morta, mas na verdade é sobre o outro lado de se tornar adulta, te deixando longe da adolescência e dos 20 anos”, explica.

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O namorado Simon Konecki, pai do filho Angelo, é quem é inspiração para uma música nova, chamada “Water Under the Bridge”. “Já disse um milhão de vezes que não me casei, mas todo mundo continua dizendo que somos casados. Mas, sim, ainda estamos juntos. Não terminamos. Nunca nos separamos. Estivemos juntos esse tempo todo. Só não sinto necessidade de me casar. Temos um filho juntos. Acho que é compromisso suficiente”, declara a cantora, que consegue levar uma vida totalmente comum. Ela não é reconhecida nas ruas e faz as própria compras no mercado. “Talvez [me reconhecessem] se eu saísse toda maquiada, de cabelo feito, montada”.

A relação dela com a fama ainda é delicada, o que explica a reclusão. Sem música nova, Adele não deu entrevistas, não foi a eventos, não estampou capas de revistas. Não é a dele. “As pessoas pensam que odeio ser famosa, e não odeio. Eu realmente tenho medo disso. Acho que é tóxico de verdade, e é muito fácil você ter tomado por isso. Ver a deterioração da Amy Winehouse é uma das razões que me deixa com medo. Estávamos todos entretidos vendo-a bagunçada. Eu estava muito triste por isso, mas se alguém me mostrava uma foto dela muito mal, eu olharia. Se nós não estivéssemos olhando, eles teriam parado de tirar as fotos. Esse nível de atenção é realmente assustador, especialmente se você não vive mergulhado nessa coisa do showbizz”. Ela não se sente totalmente confortável em locais cheios de famosos, por exemplo. “Sempre sinto que estou prestes a ser expulsa. Ou que vão aparecer com uma câmera escondida, como se fossem me mandar de volta para Tottenham”.

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