Chegou a semana de lançamento do novo álbum da Taylor Swift e há alguns anos qualquer estreia da cantora envolve uma movimentação mundial cercada por grandes números. Afinal, desde o “Speak Now” (2010), Taylor abre a semana de vendas de seus discos acima de 1 milhão de cópias vendidas. Uma marca impressionante, para dizer o mínimo!
Além da alta expectativa, a era “Lover” ainda traz consigo um frescor e um empenho acima do normal por parte dos Swifties: ele é o primeiro álbum da Taylor em uma nova gravadora, com todo o contrato repaginado e que dá à ela direito total sobre suas músicas. Muitos querem garantir uma era rentável para tentar amenizar o sofrimento revelado pela artista na compra da ex-gravadora, a Big Machine Records, pelo desafeto Scooter Braun.
Mas o que se sabe até o momento sobre o disco que sai oficialmente na próxima sexta-feira, 23 de agosto? Segue o fio:
As músicas
Quatro faixas foram lançadas até agora e todas são bem diferentes entre si, mostrando que as 18 faixas do “Lover” devem representar um disco diverso em seu discurso. Se em “ME!” Taylor canta a valorização pessoal, em “You Need to Calm Down” ela manda um recado aos “haters” e defende abertamente a comunidade LGBTQA+, faz uma auto-avaliação em “The Archer” e se declara para o namorado (e possível anúncio de casamento) na pessoal “Lover”.
Sonoramente as músicas também transmitem pluralidade – e Taylor sabe disso. Tanto que escolheu as faixas com melodias mais pop para impactarem as rádios como singles oficiais: “ME!” e “You Need to Calm Down”. “The Archer” e “Lover” são, até agora, apresentadas como buzz-singles, músicas que servem para divulgar o álbum de uma maneira mais ampla e aquecer fãs e mídia para o projeto. O último lançamento, por exemplo, ganhou imediato respaldo de outros artistas e da mídia tanto pela composição da artista quanto pelo “ar country” que ela volta a imprimir em sua discografia.
Além das quatro citadas, o álbum é composto ainda pelas canções: “I Forgot That You Existed” (já descrita por um fã como “a irmã mais velha de ‘Shake it Off’), “Cruel Summer”, “The Man”, “I Think He Knows”, “Miss Americana & The Heartbreak Prince”, “Paper Rings”, “Cornelia Street”, “Death by a Thousand Cuts”, “London Boy”, “Soon You’ll Get Better”, “False God”, “Afterglow”, “It’s Nice to Have a Friend” e “Daylight”.
Parcerias
Nada de Selena Gomez. O nome da amiga de Taylor passou meses sendo especulado como uma das colaborações em “Lover”, mas não será dessa vez que os fãs terão as duas artistas juntas cantando. No entanto, uma das parcerias imaginadas foi realmente confirmada: o trio Dixie Chicks está em “Lover”. A dica sobre o “feat.” foi dado no videoclipe de “ME!” (que tem participação de Brendon Urie, do Panic! at the Disco) quando a foto do grupo country aparece na parede de uma das cenas iniciais.
Produção
Em “Lover”, Taylor trabalha com Jack Antonoff em grande parte do novo álbum. O músico líder do Bleachers vem sendo cada vez mais solicitado dentro do mundo pop já rendo trabalhado com nomes como Troye Sivan, Carly Rae Jepsen, com artistas que fazem uma “ponte” com o estilo indie da banda como Lana Del Rey e Lorde e também com Taylor Swift. É dele duas produções do “1989” como “Out of the Woods” e “I Wish You Would”; e seis do “reputation”, incluindo “Look What You Made Me Do” e a querida dos fãs “Getaway Car”. Agora a parceria se repete em “Lover” na faixa-título e “The Archer”. Outro nome aparece duplamente no sétimo disco da Taylor: Joel Little (Sam Smith, Lorde, Jonas Brothers, Shawn Mendes, Khalid) divide com Taylor a composição de “You Need to Calm Down” e “ME!”.
As gravações aconteceram após a “reputation tour” e duraram cerca de três meses.
Formatos
Os fãs colecionadores estão mais empolgados com o “Lover” devido à quantidade de formatos que o projeto será lançado. Além das versões tradicionais (a standard), Taylor oferece quatro versões “deluxe” com conteúdos diferenciados.
Os pacotes oferecidos pela loja Target contém além do disco e suas 18 faixas, duas gravações sobre o processo criativo de composição e pôster diferenciado para uma das quatro verões. E mais ainda: letras escritas à mão como a composição inicial de “All Too Well”, fotos de arquivo, 30 páginas dos muitos diários da cantora em cada uma das versões, um livreto com páginas em branco para que o fã também comece seu próprio diário. E, claro, tudo é limitado!
“Há de tudo desde fotos daquela época em minha vida, colagens”, comenta Taylor em vídeo explicativo sobre o projeto.
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Divulgação
Taylor sempre gostou de deixar pistas para os fãs em seus trabalhos (desde o início da carreira), mas desta vez talvez nem ela imaginava que em “Lover” os Swifties seriam verdadeiros FBI. Os fãs descobriram uma contagem regressiva misteriosa em simples fotos de paisagens, como também o mural de borboleta que anunciaria posteriormente o single “ME!” e mesmo antes de qualquer chance de Taylor Swift avisar que faria uma visita, uma multidão já a aguardava em Nashville.
Da estreia de “ME!” para a semana que antecede do “Lover”, além de outras três canções, Taylor ainda se apresentou no Billboard Music Awards, no The Voice EUA, The Voice da França, no Germany’s Next Top Model, no The Graham Norton, cantou também no Wango Tango, no Amazon Prime Day, show surpresa no icônico bar The Stonewall Inn, capas de revistas, recebeu o primeiro prêmio de “ícone” do Teen Choice Awards, concedeu entrevista para programas matutinos norte-americanos, para a Ellen Degeneres e vem constantemente fazendo “lives” para que ela mesma possa liberar informações sobre o álbum. Também não faltaram as já tradicionais audições particulares para fãs selecionados a dedo.
E muita coisa ainda vai acontecer essa semana: na quinta-feira (22) Taylor irá fazer um show no “Good Morning America” direto do Central Park. No mesmo dia mais tarde, ela convida a todos para um “ao vivo” no YouTube onde falará sobre o disco e fará performances ao vivo de faixas ainda desconhecidas. Ainda há um “Live Lounge”, programa da BBC Radio 1 agendado para breve.
Da cobra às borboletas
Segundo Taylor o álbum não é só o mais longo da sua carreira, mas com faixas “muito muito muito” tristes. “Há várias formas em que esse álbum parece como um novo começo. Esse álbum é realmente uma carta de amor ao amor, em toda a sua enlouquecedora, apaixonante, excitante, encantadora, horripilante, trágica e maravilhosa glória”, explicou Taylor Swift para a Vogue. “‘reputation’ realmente chegou fundo nas emoções sombrias, e acho que pode ser complexo e interessante encontrar o caminho. Mas, por outro lado, amor e paixão são tão complexos de se explorar como compositora”, disse para o RTL.