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A FÁBRICA: The X Factor, The Voice, American Idol e a relevância de seus participantes na música americana

mgid uma content mtv.com 1693824  Nesta semana, um(a) novo(a) cantor(a) será premiado(a) com o contrato de 5 milhões de dólares do The X Factor USA. Este é o maior prêmio de um show de calouros, que ainda vem acompanhado de uma parceria com a Pepsi e infinitos contatos que os jurados LA Reid e Simon Cowell trazem aos participantes do reality show. A pergunta, no entanto, permanece: o que a Melanie Amaro – vencedora da primeira temporada – fez com tudo isso?

Com a chegada de The Voice e The X Factor, o American Idol começou a ser constantemente bombardeado por comparações de todos os lados da imprensa. De líder absoluto dentre os programas de calouros, o Idol virou o “tiozão” do formato que teve que passar por inúmeras mudanças desde que o troca-troca de jurados começou. O que os fãs e críticos de música e TV gostam de esquecer é que a relevância dos cantores que passam por lá continua fortíssima.

E os cinco milhões da Melanie Amaro, foram pra onde? Desde que a cantora venceu o X Factor americano em 2011, ela lançou uma curtíssima regravação de “R.E.S.P.E.C.T” (famosa na voz de Aretha Franklin), um comercial de Super Bowl com Elton John, e três singles originais que não necessariamente emplacaram. O seu disco de estreia, “Truly”, tem lançamento marcado para 2013 – dois anos depois de sua vitória, depois de um 2012 em que ela praticamente desapareceu.

Na contramão, o rapper Chris Rene – que também participou do X Factor USA 2011 –, tem feito mais barulho que a vencedora Melanie Amaro. Ele lançou o single “Young Homie” (que invadiu as rádios americanas) alguns meses depois de sua participação no X Factor, e o seu disco de estreia “I’m Right Here” estreou em Outubro de 2012. E quer dizer, então, que Chris Rene lançou material mais forte e mais rápido mesmo tendo *menos* investimento que Melanie?

mgid uma content mtv.com 1693671No outro canal, temos o The Voice – que também vai coroar um(a) novo(a) vitorioso(a) esta semana – e seu estrelado time de técnicos. American Idol tem Mariah Carey e The X Factor tem Britney Spears, mas é difícil bater a força da bancada do The Voice de forma geral. Adam Levine, Blake Shelton, Christina Aguilera e Cee Lo Green – ou mesmo Shakira e Usher na próxima temporada – são todos grandes nomes da atual indústria da música. E mesmo assim, em suas duas temporadas, tivemos vencedores de potencial vocal e gênero extremamente parecidos.

Javier Colon lançou o álbum “Come Through For You” (o terceiro de sua carreira) no mesmo ano em que venceu a primeira temporada do The Voice. E nada aconteceu com a carreira do cantor. Jermaine Paul – vencedor da segunda temporada – acabou de lançar o single dançante “I Believe In This Life”, que também não fez nenhum barulho relevante. E eu me pergunto se o *estrelado* painel de jurados do programa só serve para brilhar em alta definição na TV.

É importante entender que a continuidade destes programas depende proporcionalmente do sucesso pós-eliminação/pós-vitória de seus integrantes, pois este é o motivo que leva a grande maioria dos novos talentos a se inscreverem. Não adianta premiar alguém com cinco milhões de dólares se ninguém entende pra onde este investimento vai. Não adianta gastar milhões num time de fortes jurados se estes não conseguem emplacar ninguém. Eu acredito que esta “modinha” de vários programas de calouros vai passar em dois ou três anos, e caso o The X Factor e The Voice não atinjam o nível aonde os ex-participantes do American Idol chegaram, ou caso o próprio Idol não consiga se reinventar, eu suspeito que a televisão volte a ter apenas um único reality show para músicos.

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