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A Fábrica: Nicki Minaj – entre o pop e o rap

Uma coisa não se pode negar: a Nicki Minaj definitivamente não é só mais uma entre Adele, Lady GaGa, Katy Perry, Rihanna e Britney Spears. Nicki veio ao mundo da música para se tornar referência feminina no hip hop, gênero predominantemente masculino, impulsionada por Lil Wayne e seu grupo Young Money Entertainment.

Só que desde 2010, quando Nicki Minaj debutou na cena com o álbum “Pink Friday”, ela se encontrou numa situação problemática em termos de mercado. Os homens que curtem rap não conseguem se identificar com as letras e atitude altamente feminina de Nicki, e as mulheres – em sua maioria – não gostam de hip hop. Lil Wayne, sempre versátil, decidiu portanto a colocar numa linha que separa os dois gêneros. Ao analisar músicas como “Super Bass”, “Starships”, “Moment 4 Life” e “Your Love”, seus maiores sucessos, Nicki Minaj demonstra que pode ser classificada tanto no rap quanto no pop.

Mas por que não dá pra fugir do pop?
O público feminino e GLS, os principais alvos de Nicki Minaj, respiram o pop. Observando as faixas mais carregadas de hip hop da Nicki, como “Roman’s Revenge”, “Did It On ‘Em”, e “Stupid Hoe”, é possível concluir que o sucesso não chega nem perto de ser o mesmo.

Fonte: Billboard

Para analisar a linha em que Nicki Minaj se encontra, acredito que precisamos ir ainda mais longe e aprender com os acertos (e erros) do passado. Os maiores nomes femininos do hip hop dos últimos 12 anos, em termos de posição no ranking da Billboard, foram Missy Elliott, que emplacou “Work It” (2002) em #2, Lil Mama, que chegou a #10 com “Lip Gloss” (2007), M.I.A, que alcançou o #4 com “Paper Planes” (2008), e Lil Kim, cuja música “Magic Stick” (2003) chegou a #3. O único #1 no Hot 100 da Billboard do hip hop feminino foi em 1998, com “Doo Woop (That Thing)” da Lauryn Hill.

É possível ver que Nicki Minaj voltou ao pop-rap com o seu novo single, “Starships”, e ainda apostou numa pegada eletrônica pesada. Ela sabe como pode se vender e está jogando as cartas que tem. Suas parcerias com David Guetta em “Turn Me On” e Madonna em “Give Me All Your Luvin’” demonstram a força pop-rap que Nicki tem se tornado no mercado. Na noite de premiação do Grammy ela se apresentou sob a direção de Laurieann Gibson, ex-diretora criativa de Lady GaGa, com sua futura música de trabalho (e possível tema de curta-metragem) “Roman Holiday”. Vale ressaltar que foi a primeira apresentação solo de uma rapper mulher na história do Grammy. Esta faixa vai marcar o relançamento do álbum de estreia da Nicki Minaj, “Pink Friday”, que passará a se chamar “Pink Friday: Roman Reloaded”.

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