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6 mudanças drásticas já confirmadas no remake de “Vale Tudo”

(Foto: Globo)

O aguardado remake de “Vale Tudo” promete surpreender o público com uma série de mudanças significativas, que vão além da simples atualização estética. Com uma narrativa mais compacta, maior representatividade e novos conflitos adaptados à realidade contemporânea, a versão de 2025, assinada por Manuela Dias, busca refletir as transformações sociais, culturais e tecnológicas dos últimos 35 anos.

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Redução dos episódios

O remake terá 32 capítulos a menos que a versão original de 1988. A decisão de encurtar a novela, de acordo com Manuela Dias, autora da nova versão, reflete mudanças sociais e tecnológicas que impactaram o ritmo das narrativas na TV brasileira.

Segundo a autora, em entrevista a Folha de S. Paulo, temas como o alcoolismo e o machismo, antes abordados de maneira muito diferente, foram reavaliados. “Alcoolismo não era visto como doença, e Heleninha Roitman, na época, era apenas considerada alguém que bebia por escolha”, explicou.

O avanço tecnológico, especialmente o impacto da internet, também influenciou a decisão. “Hoje, os problemas se resolvem mais rápido, o que encurta a narrativa”, acrescentou Manuela.

Renata Sorrah como Heleninha Roitman em “Vale Tudo” de 1988. (Foto: Globo)

Destaque LGBTQIA+

A subtrama de Cecília (Lala Deheinzelin) e Laís (Cristina Prochaska) foi censurada pela Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP), que não permitia transmitir relações homoafetivas na televisão durante a Ditadura Militar.

No remake, Manuela Dias resgatará a história originalpermitindo que o romance seja mais explorado. De acordo com o jornalista Duh Secco, elas as personagens serão mães adotivas de uma menina de seis anos. Esta, inclusive, será parte do embate que Laís viverá com Marco Aurélio, que na nova nova versão será interpretado por Alexandre Nero.

Cecília (Lala Deheinzelin) e Laís (Cristina Prochaska) em “Vale Tudo” de 1988. (Foto: Globo)

Diversidade no Elenco

A Globo tem levado a sério a ampliação da representatividade de pardos e pretos (termos usados pelo censo do IBGE) em sua teledramaturgia após décadas restringindo-os a papéis com função cênica pejorativa.

A escalação de Taís Araújo e Bella Campos em “Vale Tudo” é um exemplo disso, já que elas interpretarão Raquel e Maria de Fátima, personagens de grande importância que originalmente são brancas.

Na versão de 1988, o elenco só contava com duas pessoas negras — o ladrão Gildo (Fernando Almeida) e Maria José (Zezé), uma funcionária doméstica.

(Foto: Reprodução)

Abordagem progressista

A nova versão promete refletir as transformações sociais e políticas que ocorreram no Brasil ao longo das últimas décadas. Segundo Manuela Dias, na época da estreia de “Vale Tudo”, em 1988, criticar o Brasil era visto como um ato de resistência, mas que, atualmente, esse discurso perdeu sua força.

“Estamos saturados de ouvir falar mal do Brasil. ‘Vale Tudo’ foi a novela da volta da democracia, e naquele momento, poder criticar o país era resistência, era revolucionário. Hoje, o novo é encontrar maneiras de transformação“, afirmou.

A trama de 2025 seguirá acompanhando a ambição problemática de Maria de Fátima e sua mãe, Raquel. Porém, enquanto a Odete Roitman original dizia frases como “o Brasil é uma mistura de raças que não deu certo” e “a solução para a violência é a pena de morte“, a autoria garante que a personagem será adaptada ao contexto atual.

Beatriz Segall como a vilã de “Vale Tudo” em 1988. (Foto: Globo)

Enredo dos personagens

As mudanças, inclusive, se estendem para a construção dos personagens sob as lentes da atualidade. Maria de Fátima, por exemplo, pode não aspirar à carreira como modelo, mas a de influenciadora digital. “A geração dela começa a trabalhar num momento em que o capitalismo está em xeque”, declara Manuela Dias.

“Vivendo um colapso climático que a gente não vivia naquela época, entendemos de maneira diferente os voos particulares, tão presentes na história, então Afonso vai ser uma pessoa ligada à governança ambiental. Ele tem uma opinião contrária a esses voos”, completou a autora.

(Foto: Instagram/@bellacampox; TV Globo)

Novo mistério

Durante o “Globo Upfront 2025“, a Globo oficializou Débora Bloch para interpretar Odete Roitman. Na ocasião, a atriz revelou que a morte da vilã, que marca a história de “Vale Tudo“, ganhará novidades no remake. Agora, o público verá um novo assassino, mudando o final da história.

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