O que pensam os brasileiros sobre Inteligência Artificial? A plataforma Gente, da Globo, divulgou uma pesquisa sobre o tema. Foram perguntados aos brasileiros das classes ABC, com mais de 18 anos e com acesso a internet, se eles conhecem as ferramentas de IA e quais as suas opiniões sobre o assunto.
Segundo a pesquisa, 80% dos domicílios têm acesso à internet — classe A (100%), B (97%), C (87%) e DE (60%). O estudo ainda mostra que 142 milhões de brasileiros acessam a internet todos ou quase todos os dias e 62% acessam a rede exclusivamente pelo celular.
A pesquisa ainda diz que as opiniões dos brasileiros sobre inteligência artificial ainda não são unânimes. Alguns aspectos positivos se destacam como a possibilidade de tornar mais ágil o dia a dia e ser uma nova ferramenta de busca na internet.
No entanto, o estudo revela que, por outro lado, questões mais negativas também são um ponto de atenção, com destaque para o risco da substituição dos humanos por máquinas e dos debates sobre direitos autorais de obras que são usadas por IA.
A grande maioria dos entrevistados já ouviu falar sobre Inteligência Artificial (84%). No entanto, apenas ¼ declarou usar alguma ferramenta de IA, como aponta a pesquisa. Entre as pessoas que já usaram alguma ferramenta com a tecnologia, o maior índice (21%) é de quem respondeu utilizar o ChatGPT, com destaque para homens de classe AB entre 18 e 29 anos, segundo os dados da Tracking Sintonia com a Sociedade 2023.
Já sobre a experiência do uso destas ferramentas, a pesquisa aponta que 37% afirmam que usaram para estudar ou produzir textos e 22% usaram como ferramenta de busca geral. Os dados foram retirados da Tracking Sintonia com a Sociedade 2023.
O estudo embasado nos dados da Tracking Sintonia com a Sociedade 2023 ainda mostra que os brasileiros concordam que ferramentas como ChatGPT e Midjourney podem tornar mais ágil o dia a dia de alguns trabalhadores (68%).
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Mas, quando surgiu a Inteligência Artificial?
O primeiro Software de Inteligência artificial (IA) foi criado em 1956, por John McCarthy. Segundo a Época Negócios Online, a tecnologia tinha como propósito simular a inteligência das pessoas e desempenhar tarefas normalmente feitas por humanos.
A pesquisa explica que a Inteligência Artificial Analítica é quando as máquinas analisam dados para achar padrões e fazer previsões. Já a Inteligência Artificial Generativa, é quando as máquinas, além de analisar dados existentes, também criam textos e imagens.
O ChatGPT (Generative Pre-trained Transformers), por exemplo, usa a IA Generativa, uma vez que se trata de um “robô de bate papo” de inteligência virtual que simula interações humanas e desenvolve códigos e textos complexos.
De acordo com o Época Negócios Online, o GPT-4 é a atual IA que alimenta o ChatGPT. O estudo explica que a tecnologia é capaz de entender imagens com uma memória maior, e apresenta uma melhor eficácia em processar palavras, aumentando o tamanho e complexidade dos textos.
Vale da estranheza (Uncanny valley)
O Vale da estranheza (Uncanny valley) é um conceito apresentado em 1970 pelo professor de robótica Masahiro Mori aplicado em diversos campos, como robótica, computação gráfica, design e estética, como aponta a pesquisa.
O estudo diz que o argumento é que existe uma aceitação crescente em relação a robôs e inteligências artificiais até um momento em que a semelhança com humano aumenta e causa medo, desconforto, desconfiança – o chamado vale da estranheza. No entanto, quando esse vale for superado, passamos a aceitar mais essas máquinas como iguais, como humanos.
A pesquisa concluiu que a sensação deixada pelos avanços da Inteligência Artificial é de que o futuro chegou, quase como nos filmes de ficção científica. No entanto, a experiência com essas ferramentas mostra, pelo menos até aqui, que a melhor melhor forma de se preparar para esse futuro é entender o potencial dessas tecnologias, bem como suas limitações.