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Termômetro: Rihanna – S&M


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“Desde que surgiu na música pop americana, essa cantora emplacou hit atrás de hit, cercada de polêmicas que envolviam agressões em relacionamentos, músicas/atitudes de cunho puramente sexual e muitas, muitas mudanças de visual.” – Engana-se quem pensa que tal descrição trata-se de uma mini-biografia de Rihanna. Na verdade, a caracterização feita é de uma outra artista pop. Tão pop quanto Rihanna. Falo de Madonna.

Ora, por que citar de Madonna em uma review da cantora Rihanna? Elementar: pouco se fala, pouco se admite, mas se há alguma artista que se enquadre perfeitamente nos requisitos que se esperam para herdar o trono da música pop mundial, ainda em posse de Madonna, esse alguém é a Rihanna. As semelhanças começam pelo nome. Duas letras “n” juntas no nome não são para qualquer um. Hits globais dominando os charts e pistas de dança nos quatro cantos do mundo também não. Vozes discutivelmente ruins mas bem produzidas: é com elas mesmo! Penteados camaleônicos, milhões de cópias vendidas em todo o planeta e muito trabalho sobre imagens calculadamente polêmicas fecham o circo no qual ambas são malabaristas.

“S&M” é o novo single mundial de Rihanna. A música nada mais é que um mero rascunho do primeiro single de trabalho do álbum “Loud”, “Only Girl (in the world”), que já era um rascunho de mais da metade das faixas do último álbum de David Guetta. Em resumo, “S&M” é uma cópia deslavada de uma cópia descarada. Um erro. E o que esperar de uma letra da nova Madonna? Nada além de sexo: “Paus e pedras podem até quebrar meus ossos mas correntes e chicotes me deixam com tesão”. Quase podemos dizer que se Rihanna tivesse existido na década de 80’, poderia ter conseguido ser mais relevante ou até mesmo ter virado um ícone com tal estrofe. Azar o dela foi ter emplacado nos anos 2000. Ela pode se contentar apenas com o #1 dos charts.

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