Já era de se esperar. Lorde e Imagine Dragons entregaram os shows que os fãs esperavam na edição deste Lollapalooza Brasil, sábado (5) e domingo (6) no Autódromo de Interlados, em São Paulo. Destaques do primeiro dia do evento, os artistas tem um detalhe interessante em comum: estouraram no mundo com o primeiro disco levando para casa troféu na premiação mais importante da música mundial – o Grammy.
Para receber tantas estrelas – que na primeira noite ainda teve nomes como Muse, Nine Inch Nails, Phoenix, Cage The Elephant, Capital Cities e Julian Casablancas – o Lolla construiu quatro palcos e fez os fãs andarem. Se muitos reclamaram da distância entre as atrações, a pontualidade dos shows foi quase britânica o que não arrastou a programação e tornou o evento dinâmico também para quem assistia de casa pela televisão ou internet.
O Imagine Dragons pisou no palco Onix extamente às 17h15 desfilando sucessos como “Hear Me”, “It’s Time”, a balada “Deamons”, cover do Blur, “On Top Of The World” e, claro, “Radioactive”. O maior hit da banda americana foi guardada para o fim, aumentando a expectativa da multidão que esperou pouco mais de uma hora para ouví-la. “Este é nosso último show da turnê e não imaginávamos melhor maneira de encerrá-la”, agradeceu Dan lembrando que a banda já está de olho no segundo disco da carreira.
Com muitos tambores e energia, o Imagine Dragons conduziu o coral com maestria, deixou um gostinho de quero mais e mostrou que não vive apenas do sucesso de “Radioactive”. O carisma e talento do quarteto foi explorado em todo o setlist que sofreu alterações durante a apresentação. “A gente nunca segue a linha e vamos no ‘feeling'”, já havia avisado Dan antes do show.
A difícil missão de suceder o Imagine Dragons foi dada a Lorde. No palco Interlagos e também pontualmente, a neozelandesa trabalhou o disco “Pure Heroine” para deleite dos fãs. “Vocês são o tipo de público perfeito”, sorriu Lorde para plateia ainda demonstrando uma timidez de artista recém-famosa. “Estou muito feliz que vocês me quiseram aqui, de estarem todos ouvindo minhas palavras. Isto é incrível”, continuou a jovem de 17 anos visivelmente emocionada. “Team”, “Glory and Gore”, “Tennis Court” e até um cover de Kanye West, “Hold My Liquor”, foram escaladas para preencher o setlist da cantora que teve exata uma hora de apresentação. “Royals”, claro, era a mais esperada e foi cantada em uníssono por boa parte das 70 mil pessoas que assistiam à apresentação.
Enquanto o Muse tocava no palco Skol, Disclosure e Kid Cudi também foram eleitos para encerrar a primeira noite do Lollapalooza. O pop eletrônico dos irmãos Guy, também ganhadores de um Grammy na última edição, deu um toque diferente ao festival quase na sua totalidade voltada para o segmento indie rock. Sucessos do álbum “Settle” como “White Noise”, “You & Me”, “Voices” e “Latch” preencheram boa parte do setlist e deram ao duo o título de “boa surpresa” do festival. “Nos nunca havíamos tocado na América do Sul e esperávamos muita animação. Foi exatamente o que tivemos”, agradeceram.
Já Kid Cudi pode trabalhar mais de um disco, ao contrário das três atrações citadas acima. O rapper possui quatro álbuns, o último lançado em fevereiro. Mas antes de todos estes gringos pisarem nos seus respectivos palcos do Lolla, coube aos brasileiros do Vespas Mandarinas e Silva abrirem o festival. Sob sol forte, por volta de 13h, o cantor levou músicas dos álbuns “Claridão” e “Vista Pro Mar” para os fãs do Imagine Dragons, Cage The Elephant e Nine Inch Nails que madrugaram na fila para garantir espaço perto dos ídolos.
O segundo dia do Lollapalooza terá Ellie Goulding, New Order, Pixies, Arcade Fire, New Order e Cone Crew Diretoria entre as atrações. Os shows começam antes do meio dia.
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