in

Selena Gomez é capa da Vogue e fala sobre ansiedade, afastamento das redes sociais e necessidade de ser verdadeira com os fãs


Selena Gomez não se negou a responder nada e abriu o coração em sua estreia na capa da revista Vogue americana. Confira abaixo os principais pontos da entrevista e o ensaio fotográfico:

Necessidade de se abrir para os fãs:
As pessoas querem muito que eu seja autêntica e quando finalmente isso aconteceu, foi um grande lançamento. Não sou diferente do que eu me mostro por aí. Eu venho sendo bastante vulnerável com meus fãs e às vezes eu digo o que não deveria, mas tenho que ser honesta com eles. Sinto que isso é uma grande parte de eu estar onde estou.

Solidão:
Eu já chorei no palco mais vezes do que posso contar e eu não fico bonita chorando. Turnês são um lugar solitário para mim. Minha auto-estima foi atingida, estava depressiva, ansiosa. Comecei a ter ataques de pânico logo antes de subir ao palco ou pouco depois. Sentia que eu não era boa o suficiente, quer era incapaz. Achei que não estava dando aos meus fãs coisa alguma e eles podiam ver isso, o que eu achava que era uma completa distorção. Estava tão acostumada em me apresentar para crianças. Em shows, eu costumava a fazer a plateia toda levantar seus dedos e prometerem que eles não permitiriam que ninguém os deixaria sentir que eles não eram bons o suficiente. De repente, eu tenho crianças fumando e bebendo em meus shows, pessoas em seus 20, 30 anos e eu estou olhando nos olhos deles sem saber o que dizer. Eu não poderia dizer ‘todo mundo, vamos fazer uma promessa que vocês são lindos’. Não funciona assim e eu sabia disso porque eu estou lidando com a mesma merda que eles. O que queria dizer é que a vida é tão estressante e eu tenho o desejo de escapar. Eu não entendia minhas próprias coisas então eu não tinha nenhuma sabedoria para dividir. Achava que todo mundo estava pensando que aquilo era uma perda de tempo.

Terapia:
Você não tem ideia do quão incrível eu me senti apenas estar ao lado de seis garotas, pessoas reais que não estavam nem aí para quem eu era, que lutavam pelas suas vidas. Foi uma das coisas mais difíceis que já fiz, mas foi a melhor coisa que já fiz. A Dialectical Behavior Therapy (técnica desenvolvida para tratar transtornos com uso de práticas reguladoras emocionais) mudou a minha vida. Desejo que mais pessoas falem sobre terapia. Nós garotas fomos ensinadas a sermos resilientes demais, a sermos fortes e sexy e legais. Nós também precisamos nos permitir sentir que estamos desmoronando.

Novo álbum sem pressão:
Para variar… sinto que eu não tenho que me segurar e esperar alguém julgar o trabalho que eu estou fazendo. Não estou ansiosa para perseguir um momento. Não acho que há um momento para eu buscar.

Afastamento:
Acho que 17 pessoas possuem meu número de telefone no momento. Talvez duas sejam famosas. Assim que eu me tornei a pessoa mais seguida no Instagram, eu surtei. [O Instagram] Me consumia. Eu acordava pensando nisso e dormia pensando nisso. Estava viciada e sentia que estava vendo coisas que eu não queria ver, estava colocando coisas na minha cabeça que eu não queria me preocupar. Sempre que me sentia mal quando eu estava olhando o Instagram. Foi por isso que eu me afastei um pouco.