Quando está atrás das picapes, Calvin Harris abandona seu lado modelo, carão e corpão sexy que apresentou em uma recente campanha publicitária e só quer saber de música.
Para muitos fãs que acompanharam o show do DJ no segundo dia do Lollapalooza Brasil faltou exatamente isso: uma “apariçãozinha” a mais do peguete de Taylor Swift que ficou escondido atrás da pirotecnia mesmo no alto de uma plataforma gigantesca montada no centro do palco. Fora isso, falando do setlist, foi hit atrás de hit com muitas luzes, fogo, papel picado, um telão de LED de botar inveja, fumaça e um comandante que ninguém ousou desobedecer. Em delírio constante, todos cumpriram as determinações de “mãos pra cima”, “pulos” e “palmas” ordenadas por Calvin Harris.
Setlist de DJ é uma coisa difícil de ser seguida e, na maioria dos casos, vai muito do “feeling” na hora, mas Harris tinha obrigações a cumprir. “Under Control”, “I Need Your Love”, “Blame”, “Bounce”, “Feel So Close”, “Let’s Go”, “Thinking About You”, “Sweet Nothing”, “Outside”, “We’ll Be Coming Back”, “We Found Love” e “Summer” são cativas nas rádios e nas baladas de todo o Brasil. Claro que na maior delas, com o próprio no comando, não poderiam faltar.
Mas no set de Calvin Harris não teve só Calvin Harris. O DJ lembrou de Route 94 com “My Love”, Disclosure com “Latch”, Fatboy Slim com “Eat, Sleep, Rave, Repeat” e até de David Guetta com “Bad”.
Das quatro edições do Lollapalooza Brasil, esta foi a primeira com DJs nos palcos principais. Calvin encarou o desafio provando que a EDM é hoje tão popular quanto o rock e o pop. Um verdadeiro show de um homem só.