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Resenha: Katy Perry prova sua grandiosidade em show da “Witness Tour” em São Paulo


Sabemos que quase todos os artistas pop se dedicam na produção de seu visual e estética e tentam ser o mais próximo possível de seus fãs, mas se tem uma que sempre elevou essas duas questões a um outro nível, esta é Katy Perry. Ontem, em passagem por São Paulo com a sua “Witness: The Tour”, Katy provou mais uma vez sua grandiosidade e demonstrou uma evolução musical e vocal.

O show, que é dividido em cinco atos, é um presente aos olhos. O palco e figurinos foram lindamente produzidos e ganharam um toque mais moderno e menos infantil do que em fases anteriores da carreira da cantora.

Katy deu início à sua apresentação com uma sequência de “Witness”, “Roulette”, “Dark Horse” e “Chained To The Rhythm” – que fazem parte do ato “In The Space”. Aqui, vestida em armadura dourada, ela fez o maior público de sua turnê vibrar com sua chegada. Já nos primeiros momentos, era evidente a melhora vocal da cantora e o seu carinho com os fãs brasileiros, que receberam as boas vindas à tour e agradecimentos.

O visual era absolutamente deslumbrante. Katy Perry não erra quando o assunto é cenário e figurino. O palco era bem elaborado, com plataformas em movimento, dados dourados,bonecos gigantes com cabeças de TV e cores vibrantes, além de muitos bailarinos, que fazem a plateia suspirar de emoção e orgulho pela cantora. Principalmente as crianças, que não foram a maioria por um triz.

Em “Act My Age”, Katy relembrou antigos singles como “Teenage Dream”, “Last Friday Night” e “California Gurls”. Ela ainda apresentou seus primeiros sucessos “Hot N’ Cold” e “I Kissed a Girl”, que ganharam novos arranjos e não foram recebidas pela plateia com tanto fervor – que normalmente gosta de ouvir as músicas em suas versões originais.

Faltou empolgação do público neste bloco, que poderia ter sido o mais explosivo diante da sequência de hits, da interação com os fãs em português e da presença de velhos conhecidos como o “the left shark”, o tubarão do SuperBowl!

O mais surpreendente dos atos é mesmo o terceiro, “Celestial Body”. É aqui que podemos perceber com mais clareza a evolução musical de Katy e é nele que moram as performances mais lindas de todo o show: “Tsunami”, “E.T” e “Bon Apetit”. Com muita autenticidade e figurino diferenciado, a cantora apresenta uma bela sequência, com direito a pole dance, arranjos mais elaborados e mais distantes do que estamos acostumados a ouvir quando se trata de Katy Perry. É quase como o fim do arco-íris do ato anterior. É aqui que está o pote de ouro da fase “Witness”.

Chegando ao fim de seu show de aproximadamente duas horas, a cantora apresenta um pequeno set acústico, que em São Paulo ganhou “Unconditionally” – faixa que ainda não havia sido apresentado em nenhum dos shows da turnê na América do Sul.

No ato final, “Video Game”, Katy apostou em suas música mais dançantes e é claro na super encontro com a Gretchen, que foi ovacionada quando subiu no palco no finalzinho de “Swish Swish”. Não podemos esquecer do papel picado dessa performance, que na verdade eram recibos do “Karma Coffee and Tea”! Além desta música, “Part Of Me” e “Roar” também fizeram parte deste bloco, que junto com o primeiro e o acústico foram os momentos que mais levantaram a galera no Allianz Parque.

O final apoteótico de Katy Perry é sempre com “Firework”, mas a repetição da música não o torna menos emocionante. O fim da apresentação é realmente muito lindo e faz você querer repetir a dose e estar sempre presente nos shows da cantora.

Neste domingo, Katy Perry continua no Brasil e leva sua “Witness: The Tour” ao Rio de Janeiro.