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Festival de Verão Salvador começa hoje, saiba tudo!


Nesta quarta-feira, 28, a partir das 19 horas, o cenário do Parque de Exposições vai ser bem diferente deste acima. No lugar do escuro e da tranquilidade do Palco 2009, nos últimos dias, muita luminosidade e som com potência de mais de 80 mil watts para cerca de 50 mil pessoas por noite. Desta quarta até sábado, 31, acontece a 11ª edição do Festival de Verão Salvador, ou a 1ª dos próximos dez anos, como os organizadores preferem chamar o evento em 2009.

“O festival fechou um ciclo de dez anos e abre um novo. Trata-se de um evento de público jovem. Cerca de 70% ficam na faixa de 14 a 24 anos. Nós usamos essa nomenclatura para ficar mais jovem ainda”, diz Carlos Freitas, gerente da Icontent, empresa que organiza o festival.

Para a noite de abertura, assim como nos outros dias, artistas diversos, que reforçam a tônica do festival: dialogar com as mais diversas tribos. No Palco 2009, se apresentam Biquini Cavadão, Daniela Mercury, Chiclete com Banana, O Rappa e A Zorra. No espaço chamado de Boteco do Samba, acontecem shows de Alrindo Cruz, Mariene de Castro, Aquarela do Samba e Grupo Movimento.

Já na Arena Faculdade Maurício de Nassau, antigo Palco Tendências, o público confere EME XXI, Gerônimo, Motumbá, Ara Ketu e Afro Batá. E o forró toma conta da Arena Conta Universitária Bradesco, com as apresentações de Adelmário Coelho, Flávio José, Cavaleiros do Forró e Estakazero.

O festival também abre espaço para a música eletrônica com espaços destinados exclusivamente às pick-ups. Neste universo de palcos e música, a principal novidade aparece com a Arena Faculdade Maurício de Nassau, apelidada de Concha do Festival, que vai possibilitar o diálogo direto do público com os artistas que se apresentam por lá.

Outro destaque é o retorno da feira intitulada de Mercado Mundo Mix. “Ele volta, depois de sete anos, com mais tendências de moda, tatuadores, acessórios transados e diferenciados, com 40 lojistas do eixo Rio/São Paulo e Salvador”, diz Carlos Freitas.

Atrações – Mesmo com shows espalhados por toda a área do Parque de Exposições, é o Palco 2009 que mais desperta a atenção. Festejada por alguns e criticada por outros, a grade de atrações é calculada não somente de olho no investimento feito de R$ 8 milhões, como na audiência dos programas que vão ao ar ao vivo na Rede Globo, de hoje até sexta após o Jornal da Globo, e no sábado depois do Altas Horas.

“Neste ano, houve um investimento numa pesquisa muito profissional, feita por um instituto de São Paulo. Eles fizeram um trabalho em junho, em Salvador, com 15 entrevistadores e 650 relatórios. Desse material, o que conseguimos peneirar é que o público pede menos axé, porque axé ele já vai ver no Carnaval, 20 dias depois, e pede mais artistas nacionais”, revela Carlos.

Segundo ele, os nomes nacionais se repetem a cada ano, na grade, por falta de novidade no cenário musical. “O que tem de pop rock novo? Nada. Você tem O Rappa, NX Zero, Capital Inicial, Skank, Jota Quest. Estamos com metade dessas atrações. A gente trouxe o que o público pediu. Estamos vendo isso na venda de ingressos, que está 20% acima do que no ano passado, mesmo em um ano de crise”, diz.

No palco 2009, uma das principais mudanças está na duração dos shows. Com cinco apresentações por noite, o tempo de cada artista foi prolongado para cerca de uma hora e 15 minutos. O público também confere shows de nomes bem conhecidos, logo no início de cada noite, neste ano, fato incomum nas edições anteriores. Biquini Cavadão, Jota Quest, Nando Reis e Olodum ficaram responsáveis pelas aberturas da festa.

A novidade é vista com certa cautela pelo vocalista Bruno Gouveia, da Biquini Cavadão. “A nossa preocupação é frisar para o nosso público que o festival é organizado e não comporta atrasos. Os fãs do Biquini não vão se arrepender de sair um pouco mais cedo de casa do que o de costume. Todo artista gosta de se apresentar mais tarde. Mas participar do festival já é muito bom”, diz Bruno, em entrevista por telefone.

O grupo paulista mostra show com repertório baseado no novo projetoBiquini Cavadão – 80 – Vol. 2, com canções de sucesso da década de 80 de outros grupos, sem deixar de fora as músicas de mais de 20 anos de carreira, como Janaína e Zé Ninguém. “Não é um show saudosista. Muitas destas canções que regravamos têm letras que podem falar de coisas que acontecem agora”, diz Bruno.

Com as Info.: A Tarde Online