in

Ex-empresário da Anitta revela que ela era “a esperança do pop nacional”


10499293_1454057718179915_2055219016_n

Houve uma reviravolta no caso judicial envolvendo Anitta e a empresa de agenciamento artístico K2L. Uma nova limitar da juíza Flávia de Almeida, da 6ª Vara Cível da Barra da Tijuca, afirma que a cantora terá que pagar R$ 5,7 milhões pelo rompimento de contrato com os ex-empresários. A decisão foi tomada após o escritório – que a artista acusa de desvio de R$ 2,5 milhões de seus ganhos – apresentar um laudo com a explicação de cada real gasto com sua carreira. “Comprovamos cada centavo”, o empresário Rafael Brahma afirma em entrevista ao POPLine. “A prestação de contas é muito grande e o perito da juíza está analisando tudo que a gente entregou. O dinheiro fica em juízo até o fim do processo. Já é um ponto a nosso favor”.

Segundo Brahma, que, além de empresário, era amigo pessoal da Anitta, o contrato dela com a K2L previa mais quatro anos e meio de trabalho. Eles tinham um plano de carreira longo com ela, com a intenção de renovação no fim do período. A próxima meta era a carreira internacional. Para isso, a empresária Kamila Fialho estava estudando e se especializando para mergulhar nessa empreitada. “O dinheiro que entrava, a gente investia. Não economizava, exatamente porque pensava que, em mais quatro anos e meio, poderia ganhar esse dinheiro. A gente pensava em ocupar, com a Anitta, posições de artistas incríveis como Ivete Sangalo e Claudia Leitte”, declara Brahma. Os clipes da cantora tinham orçamentos de R$ 200 mil a R$ 250 mil. A média no mercado é de R$ 30 mil.

Com problemas judiciais à parte, não dá para negar que a parceria da Anitta com a K2L foi bem sucedida. A cantora se tornou conhecida nacionalmente, e emplacou single atrás de single no topo das paradas. Seu cachê, que antes era de R$ 1,5 mil na Furacão 2000, saltou para R$ 120 mil por show, de acordo com Rafael Brahma. Além disso, uma meta praxe da empresa era garantir que ela fosse nº1 nas rádios, no Youtube e no iTunes – sempre. É um trabalho de construção de carreira muito comum fora do país. Exemplos de sucesso são as parcerias de Justin Bieber com o empresário Scooter Braun, Beyoncé com o pai, e depois com a Roc Nation, e Rihanna com Jay Z e Jay Brown, da Roc Nation. “Anitta era muito mais do que uma artista para a K2L, era a esperança pop. A esperança de que um segmento novo estivesse nascendo, em uma luta onde prevalece o sertanejo”, afirma o empresário.

O rompimento do contrato, claro, caiu como uma bomba no escritório – que ainda teve sua imagem abalada no primeiro momento, com a acusação do desvio de dinheiro. Mas Brahma garante que a empresa se reestruturou e vai lançar oito artistas até maio de 2015, cada um em seu momento. Além disso, há dez artistas consagrados querendo trabalhar com eles. A Anitta, no caso, eles não aceitariam de volta, caso ela quisesse voltar. A cantora agora conta com sua própria empresa de agenciamento – a Rodamoinho, como o POPLine explicou em reportagem anterior. “Mas desejo do fundo do meu coração que ela tenha uma carreira incrível. Até porque ela indo bem no pop, continuando o que a gente começou junto, ela mantém essa porta aberta no mercado”, afirma Brahma. “Não sei se ela vai continuar reinvestindo na carreira como fazíamos. Tem que ter peito. Era uma filosofia que tínhamos em conjunto, ela e os empresários. Ela sozinha não sei se vai seguir dessa forma”.