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Entrevista: Walk The Moon fala sobre o sucesso de “Shut Up and Dance”


Eles trabalham já algum tempo e estão no segundo disco, mas foi apenas em 2015 que o Walk The Moon ganhou notoriedade – e de cara MUNDIAL!

O single “Shut Up and Dance” é sucesso absoluto e catapultou o nome da banda nos quatro cantos do planeta. Enquanto nos Estados Unidos eles comemoram a 10ª colocação na Hot 100, o quarteto ainda aparece na 8ª no Reino Unido, Top 10 na Austrália, Canadá, Colômbia, Alemanha, Polônia, entre outros.

Aqui no Brasil, os americanos liderados por Nicholas Petricca estão espandindo a base de fãs e foi o próprio vocalista que conversou com o POPline por telefone para falar sobre o disco “Talking Is Hard” e o sucesso mundial.

walk the moon

POPline: Oi, Nicholas! Obrigada por falar conosco e sei que vocês estão com uma agenda cheia de divulgação e shows, mas para falar a verdade vocês estão acostumados a trabalhar pesado há anos. A banda não é nova de fato, correto?
Nicholas: É super verdade (risos), a gente não é novato no meio. Comecei a banda na escola ainda e ela acabou se transformando no Walk The Moon em 2008. É… realmente já faz um bom tempo.

E como depois desse tempo todo na batalha vocês estão encarando o sucesso do disco “Talking is Hard” puxado pelo single “Shut Up and Dance”?
Assim, a verdade é que a  gente nunca espera muita coisa. A gente torce, trabalhamos muito, mas não costumamos criar expectativa. Certamente quando terminamos o disco, até mesmo quando estávamos compondo, a gente não sabia que seria um sucesso tamanho ao redor do mundo.

Eu li que vocês foram para um lugar super peculiar durante a composição do disco. Explica isso melhor pra gente!
É verdade! A gente viveu uma experiência incrível compondo para este disco. Acho que depois de 3, 4 anos de estrada, a gente colocou toda a nossa energia na composição e passamos um mês e meio se não me engano nessa república de maçons no Kentucky para as sessões. Nós vivemos lá neste tempo e havia artistas por todos os lugares e tinha essa vibe que a gente podia tentar qualquer coisa. Essa energia claramente passou pro disco.

A gente não tinha medo de se envolver ou de pelo menos tentar. No disco há músicas que realmente são barulhentas, que tem o que dizer, outras mais românticas. Não falamos apenas de festa, falamos também de diversidade e outros temas que são importantes para a gente.

Essa diversidade que você está falando mais especificadamente é o novo single “Different Colors”.
É isso mesmo (risos)! “Different Colors” fala sobre diversidade e aceitação. Muita coisa vem acontecendo na mídia e as pessoas ainda estão com medo umas das outras, se sentem ameaçadas pelas crenças alheias e essa música fala deste medo, mas também de união.

Você acredita que mesmo com o discurso mais aberto sobre diversidade e aceitação, as pessoas ainda se sentem acoadas?
Acho que estamos em uma geração de aceitação e que cada vez mais o racismo e a escolha sexual serão assuntos que não serão mais discriminados. Mas há ainda muito a se fazer. Não está “perfeito”. É importante falar sobre isso, principalmente com os jovens, e mostrar que não precisa haver medo e dizer a eles que eles podem ser eles mesmos. As pessoas precisam acreditar nisso. É importante que eles saibam que não estão sozinhos.

Voltando para os shows. Deve ser muito louco de uma hora para a outra ter o mundo conhecendo seu som e buscando informações ao seu respeito e agenda com datas em vários cantos do planeta.
Nossa, é tão incrível que esta música não apenas tenha conseguido esse sucesso aqui em casa, mas como também em outros países no exterior. A gente ainda não conseguiu viajar para fora ainda.

Mas vocês já tem datas no Japão, por exemplo.
É, em algumas semanas vamos começar a turnê por lá. Esperamos ir a Austrália, a Europa e quem sabe a América do Sul ano que vem!

E eu sei que vocês gostam de uma boa festa então é bom vir pra cá mesmo!
Nossa, eu adoro a música no Brasil e o idioma português é tão lindo. As pessoas são tão lindas também. Acho que na América do Sul, as pessoas são mais apaixonadas e se expressam mais com o corpo e isso é incrível!

E, pra terminar, é verdade que vem música nova por aí?
Bem, acho que a gente vai continuar na divulgação do disco por mais algum tempo, mas a gente está sempre compondo e gravando novas ideias na estrada então espero que não demore muito para que a gente lance algo novo.