in

Entrevista: Solange Almeida aposta em diversidade musical em seu DVD solo e fala sobre a possibilidade de cantar outros ritmos


Iniciar uma carreira solo depois de estourar em um projeto em grupo. A mídia nem sempre é receptiva e há sempre comparações. No entanto, Solange Almeida encarou o desafio e nesta sexta-feira (23) foi lançado nacionalmente o projeto “Sentimento de Mulher”. O DVD, gravado em fevereiro em São Paulo, é um passeio por vários estilos musicais, uma característica da personalidade da artista pouco mostrada quando estava no Aviões do Forró.

Em entrevista para o POPline e perguntada sobre essa diversidade de “Sentimento de Mulher”, Solange contou como tudo aconteceu. “Eu sou muito eclética mesmo, desde do que eu ouço ao que eu canto. Acho que uma das necessidades que eu senti e parti para carreira solo, acho que era isso. De querer fazer do meu show uma coisa realmente bem eclética e o DVD logo de cara não iria ser um DVD de carreira, ia ser um projeto para mostrar um momento meu e que as pessoas vissem uma Sol com outras vertentes, cantando outras coisas”, nos disse.

Sol não escondeu que os rumores de sua saída também contribuíram para que ela se visse como artista solo no mercado nacional. “A coisa foi tomando uma proporção muito grande, os rumores de que ‘Sol vai, sair’ e aí veio um desejo de alçar um voo solo e foi o que acabou acontecendo. E senti a necessidade de ter essas participações, mas de fazer uma coisa também com pegada comercial. Não era só um DVD para que a Sol mostrasse o que ela podia cantar, mas um DVD para que as pessoas curtissem o trabalho e Graças a Deus as coisas estão caminhando bem”.

E quem ela convidou para dividir com ela a apresentação dessa “nova Solange”? Anitta, Claudia Leitte, Eduardo Lages, Gusttavo Lima, Ivete Sangalo, Padre Fábio de Mello, Tiago Iorc e Xand Avião, que esteve ao lado da artista por 14 anos no Aviões. “Eu, graças a Deus, durante todo esse tempo de carreira, fiz boas amizades. Todos os convites que eu fiz, tive ‘sim’ de cara. Mas como disse, o DVD não iria ser um DVD de carreira, uma coisa que seria para dar o ponta pé inicial, por isso tantas participações. Aí me vi com uma coisa muito grandiosa e eu não podia perder isso e nem voltar atrás. Mas ficou lindo! Algumas pessoas ainda questionaram ‘poxa, a Sol não acredita nela porque ela chamou nove participações’. Não foi isso! Fui feliz na minha escolha e eu seria indelicada se eu chegasse ‘poxa, mudei o conceito do DVD e sua participação ficará para outra oportunidade'”.

Então há participações na manga para um futuro? Sol, enfática, confirmou. “A Marília [Mendonça]. Nós tínhamos combinado a gravação, só que ela teve que fazer um procedimento de saúde e não pode ir, mas ela me avisou antecipadamente. Não havia sido nem divulgado. Tô cheia de cartas na manga. Você tá por fora (risos)”.

“E depois de cantar todos esses estilos diferentes, você se vê gravando algo fora do forró no futuro?”, perguntamos. “Ahhh, eu sou baiana então eu comecei nessa coisa de cantar axé. Quando o axé explodiu na década de 90 eu tinha 14, 15 anos e eu já cantava. Comecei com 12 anos. Então o axé sempre foi muito forte na minha vida, mas eu não consegui ascenção com o axé e logo muito cedo saí da minha cidade Alagoinhas em busca de algo que me, como posso dizer, que me realizasse. E fui cantar em banda de baile e a banda de baile me possibilitou caminhar por todos os estilos musicais. Eu cantava anos 60, pop rock brasileiro, pop internacional, forró de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Elis [Regina]… cantava de tudo. Foi uma grande escola para mim”, disse “Eu gosto de cantar de tudo, mas uma coisa que tem uma pegada muito minha, gosto muito de pop rock internacional, gosto de balada internacional embora eu não saiba falar nada [de inglês] e todas as vezes que eu canto, canto em um inglês que eu inventei. Um inglês todo meu meu (risos)”, comentou.

E engana-se que ela se incomoda com as críticas em relação a sua pronúncia. “As pessoas criticam porque assim.. ‘ah ela não sabe cantar inglês e inventa’. Mas quando eles vem de lá [de fora] eles não sabem falar a nossa língua e não se sentem obrigados a cantarem o nosso português. Eles cantam como eles entendem. Então eu canto em um inglês só meu, no ‘Solangês'”, brincou.